A cidade de São Paulo recebeu, nesta semana, a primeira edição da feira educacional “Estude em Pequim”, iniciativa voltada a apresentar aos jovens brasileiros as oportunidades de formação acadêmica em universidades da capital chinesa. Realizada com o apoio da Embaixada da China no Brasil, o evento reuniu representantes de diversas instituições de ensino superior de Pequim e atraiu estudantes, educadores e gestores de escolas públicas e privadas da região.
A feira integra a estratégia de internacionalização da educação promovida pelo governo chinês, que busca ampliar a presença de estudantes estrangeiros em seu território, especialmente oriundos de países com os quais mantém relações estratégicas — como é o caso do Brasil. Além de divulgar cursos de graduação, pós-graduação e programas de bolsas, o evento também apresentou opções de intercâmbio, cursos de curta duração e formações bilíngues voltadas para áreas como tecnologia, engenharia, medicina e relações internacionais.
Educação como pilar da relação Brasil-China
Durante a abertura do evento, autoridades brasileiras e chinesas reforçaram a importância da educação como elemento-chave no fortalecimento da parceria entre os dois países. A crescente cooperação entre universidades brasileiras e chinesas tem se traduzido em acordos de mobilidade, programas conjuntos de pesquisa e iniciativas de formação em áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável e tecnológico.
A presença de instituições renomadas de Pequim — como a Universidade de Pequim, a Universidade Tsinghua, a Universidade de Línguas e Cultura de Pequim, entre outras — chamou atenção pelo nível de excelência e pela oferta de bolsas integrais para estrangeiros. Representantes dessas universidades destacaram o compromisso da China com a abertura e a cooperação acadêmica internacional, sobretudo com países em desenvolvimento.
Estudantes brasileiros cada vez mais interessados pela China
O número de brasileiros interessados em estudar na China tem crescido nos últimos anos, impulsionado não apenas pela qualidade das universidades chinesas, mas também pela relevância geopolítica, científica e econômica do país asiático. Muitos jovens enxergam no intercâmbio com a China uma chance de ampliar sua formação global, aprender mandarim e construir redes de contatos internacionais.
Além disso, programas de bolsas como o “Chinese Government Scholarship” e iniciativas municipais de Pequim têm facilitado o acesso de estudantes estrangeiros ao ensino superior chinês. A feira “Estude em Pequim” buscou justamente consolidar esse interesse, oferecendo orientação prática sobre vistos, processos seletivos, adaptação cultural e perspectivas de carreira.
São Paulo como ponte da educação internacional
A escolha de São Paulo como sede da primeira edição da feira no Brasil reflete o papel da cidade como centro educacional e multicultural do país. Com forte presença de escolas técnicas, universidades e centros de pesquisa, o estado se posiciona como elo estratégico para a promoção de intercâmbios acadêmicos internacionais.
Para os organizadores do evento, o sucesso da primeira edição abre caminho para futuras feiras em outras capitais brasileiras. A expectativa é de que a iniciativa se transforme em um programa regular de promoção da educação chinesa no Brasil, conectando ainda mais estudantes brasileiros às oportunidades oferecidas pelo sistema universitário da China.
A feira “Estude em Pequim” confirma que, no século XXI, a cooperação Brasil-China passa também pelas salas de aula — e que os laços acadêmicos entre os dois países podem ser decisivos na formação de uma nova geração de lideranças globais.