As atividades da Rússia como presidente do BRICS em 2024 têm sido orientadas para a rápida integração dos novos membros da associação, disse o presidente russo Vladimir Putin na 14ª Reunião dos Altos Representantes do BRICS e BRICS+ sobre Assuntos de Segurança na cidade russa de São Petersburgo.
Até o momento, o plano da presidência russa já foi cumprido em mais de 70%, com cerca de 150 eventos, reuniões e fóruns realizados, além de reuniões ministeriais e de especialistas, segundo ele.
“Até hoje, mais de três dezenas de países, 34 países para ser exato, já declararam seu desejo de participar das atividades de nossa associação [BRICS] de uma forma ou de outra”, disse Putin.
Ele afirmou que a Rússia dedica grande atenção às questões de segurança no âmbito do BRICS. Putin avaliou o trabalho dos altos representantes do BRICS sobre assuntos de segurança como ativo e produtivo.
Ele declarou que o BRICS acumulou uma experiência considerável na resposta aos desafios de segurança, incluindo a luta contra o crime cibernético e o terrorismo.
Segundo o presidente, a decisão sobre a criação de um Conselho do BRICS sobre o Combate ao Financiamento do Terrorismo e à Lavagem de Dinheiro está sendo finalizada.
O presidente russo lembrou que foi na cidade de São Petersburgo que o BRICS foi criado com a participação dos líderes da Índia e da China.
Putin disse que os líderes da Rússia, Índia e China se reuniram naquela época e concordaram em organizar reuniões de cúpula regulares, bem como em algumas outras áreas. Assim, foi criado o RIC, que incluía a Rússia, a Índia e a China.
Putin também disse que os líderes do BRICS são esperados na cúpula em Kazan de 22 até 24 de outubro, em que se prevê a aprovação de um pacote de acordos de cooperação em vários setores entre os países-membros do bloco e a discussão das perspectivas de desenvolvimento da parceria.
A Rússia assumiu a presidência do BRICS em 1º de janeiro deste ano. Nessa data, além da Rússia, Brasil, Índia, China e África do Sul, entraram no bloco novos países-membros: o Egito, a Etiópia, o Irã, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita.
Em junho, o primeiro-ministro da Malásia Anwar bin Ibrahim confirmou a Lula da Silva a intenção da Malásia de participar do BRICS.
No dia 20 de agosto, o Azerbaijão solicitou oficialmente sua adesão ao BRICS.
Recentemente, o assessor presidencial russo Yuri Ushakov confirmou que a Turquia havia se candidatado a membro pleno do BRICS e que o pedido está sendo analisado.