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sábado - 07 setembro 2024 - 20:36

Petrobras recruta bancos da China para financiar sua expansão na exploração de águas profundas

Recentemente, a petrolífera reuniu-se com instituições financeiras chinesas para obter empréstimos para si mesma, bem como para seus fornecedores de equipamentos e serviços, de acordo com a Bloomberg.

A ideia é garantir que haja capital acessível suficiente para projetos de petróleo em águas profundas no Atlântico Sul do Brasil, disse o diretor financeiro da empresa, Sergio Caetano Leite.

“A Petrobras vem crescendo em ritmo acelerado e quer garantir que seus fornecedores possam acompanhar esse crescimento”, disse Leite citado pela mídia.

O fato de muitas embarcações flutuantes de produção, armazenamento e descarga, que a Petrobras compra ou aluga, serem montadas em estaleiros chineses torna mais fácil a obtenção de empréstimos para os navios, que podem custar até US$ 3,5 bilhões (R$ 17,4 bilhões) cada, analisou o diretor.

Ao mesmo tempo, os bancos chineses também ajudarão a Petrobras a financiar projetos de energia renovável, acrescentou Leite.

“Será o setor financeiro e a indústria do petróleo e do gás que financiarão a transição energética”, disse.

As instituições financeiras chinesas já respondem por mais de 25% dos empréstimos da estatal brasileira, e Leite acredita que essa parcela vai aumentar, embora a empresa mantenha o passivo total abaixo de US$ 65 bilhões (R$ 323 bilhões).

No mês passado, a Petrobras assinou acordos de cinco anos com o Banco de Desenvolvimento da China e o Banco da China. A administração brasileira reuniu-se com outras instituições financeiras, incluindo Sinosure, CITIC Bank, ICBC e fundos soberanos chineses, e está estudando abrir uma subsidiária chinesa no próximo ano para se concentrar em finanças e compras, afirmou o diretor.

As transações financeiras em yuan também são um tema que os bancos chineses gostariam de discutir com a Petrobras, disse ele. A Petrobras não possui atualmente nenhuma operação em moeda chinesa.

Além dos bancos, a estatal chinesa CNOOC firmou um acordo de cooperação estratégica com a empresa brasileira em agosto, conforme noticiado.

Com um olha na Ásia e outro no Oriente Médio, a Petrobras também trabalha para se aproximar dos países do Oriente Médio, relata a mídia. Após a viagem à China no mês passado, as autoridades pararam em Abu Dhabi para reuniões com empresas como Adnoc e Mubadala Capital. A empresa também planeja uma visita à Arábia Saudita em breve, disse Leite.

O diretor enxerga os países do Golfo como intervenientes importantes na transição energética, uma vez que “procuram reverter a sua imagem de vilões do petróleo” e estão dispostos a gastar pesadamente na descarbonização da economia.

A própria Petrobras planeja destinar até 15% de seus investimentos totais para projetos de energia renovável e está em busca de parceiros para compartilhar os custos de investimento, diz a mídia.

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