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terça-feira - 03 dezembro 2024 - 02:41

Mercado Livre tem mais novos usuários do que bebês nascidos na América Latina

Que 2020 foi um ano complicado ninguém discorda — mas algumas empresas de comércio eletrônico viram suas vendas aumentarem, com mais pessoas em suas casas por conta do distanciamento social. Não foi diferente para o gigante Mercado Livre.

No ano passado, a empresa registrou 22,6 milhões de novos usuários em sua plataforma na América Latina, o que representa um crescimento de 47% em relação a 2019.

Esses números representam uma comparação curiosa. O Mercado Livre teve 162,7% a mais de novos usuários do que a quantidade de bebês nascidos nos países em que a companhia atua – ao todo, foram mais de 8,6 milhões de nascimentos.

Para este levantamento, foram levados em conta dados da Argentina, Brasil, México, Uruguai, Venezuela, Colômbia, Costa Rica, Chile, Equador, Peru, Costa Rica, República Dominicana e Panamá. 

A empresa foi ajudada, é claro, com o avanço da digitalização no Brasil. Em 2020, a cada 10 novos consumidores digitais, dois compraram pela primeira vez na internet. Para completar, desses 10, um deles manteve a quantidade de pedidos online e seis aumentaram suas aquisições. Os dados vêm de um levantamento da consultoria GfK, feito a pedido do Mercado Livre. 

Mais do que um local de compras, os e-commerces também viraram uma importante fonte de pesquisa dos consumidores. Segundo a GfK, 70% das pessoas procuraram comprar produtos em lojas na internet, enquanto, em 2018, esse número não passava dos 53%.

“Em 2020, o e-commerce tornou-se a primeira opção de busca para milhões de consumidores. Ainda de acordo com o estudo, o comércio eletrônico foi a plataforma mais procurada para pesquisar por diferentes produtos”, diz Fernando Yunes, líder do Mercado Livre no Brasil.

Categorias

Houve aumento de vendas em praticamente todas as categorias. O Mercado Livre também aponta que a seção de calçados, roupas e bolsas foi um dos destaques de 2020, sendo que 17% dos novos compradores ingressaram na plataforma de olho nesta categoria, seguida por acessórios para veículos (12%), e produtos de casa, móveis e decoração (11%). 

“Identificamos que, após a realização da primeira compra, 60% dos novos consumidores brasileiros voltaram à plataforma e fizeram novas aquisições. Ou seja, para muitos, fazer pedidos online tornou-se um hábito e não mais apenas uma situação pontual”, explica Yunes. 

O estudo da companhia também mostra que os clientes estão dispostos a diversificar seus carrinhos, colocando produtos de diferentes seções (como livros e shampoos, por exemplo) em seus carrinhos. 

Segundo o Mercado Ads, unidade de negócio dedicada à publicidade da empresa, as buscas por produtos também aumentaram neste período.

Em 60 segundos, foram registradas 5.585 procuras por acessórios para veículos; 4.741 por calçados, roupas e bolsas; e 4.240 na categoria de casa, móveis e decoração. Isso quer dizer que, se você demorar três minutos para ler esta matéria, o triplo de pesquisas serão feitas e, consequentemente, mais pessoas encherão seus carrinhos e irão finalizar as suas compras.  

A companhia também afirma que ciclo de compras foi reduzido em 13 dias por melhorias logísticas e que 649 milhões de itens foram entregues em toda a América Latina — mais do que o triplo da população brasileira. 

Mais fidelidade

Em 2020 os consumidores do Mercado Livre também passaram a fazer compras mais frequentes e todos os perfis aumentaram a assiduidade de seus pedidos. Os leais, que são os clientes que compram mais que a média, faziam compras a cada 17 dias em 2019 — em 2020, passaram a comprar novos produtos a cada 13 dias.

Os frequentes, que pedem produtos com uma certa regularidade, pedem novos itens a cada 39 dias, sendo que, há dois anos, o período era de 77 dias. Já aqueles que são considerados esporádicos compram a cada 63 dias — em um intervalo bem menor do que os 274 dias que levavam para realizar novas compras em 2019. 

“Tudo o que vivenciamos no ano passado, gerou modificações em nosso comportamento e, consequentemente, em nosso consumo. Com isso, foi possível enxergar que algumas tendências foram observadas no e-commerce, motivando o aumento de pedidos e procura por diferentes categorias”, comenta o líder do Mercado Livre no Brasil.

E agora, Meli?

“Para 2021, as perspectivas são as melhores”, define Yunes.

Segundo ele, é esperado que a cada 10 compradores digitais, 8 mantenham ou aumentem seu consumo online – não só no Mercado Livre como na concorrência como um todo.

“E estamos cada vez mais preparados para o crescimento da demanda. Somente este ano, a companhia investirá R$ 10 bilhões no Brasil dando sequência ao plano de expansão da sua malha logística, da conta Mercado Pago e da força competitiva de seu marketplace no país”, diz.

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