O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve embarcar amanhã (3) para Brasília para sua primeira viagem nacional após a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de anular as condenações da Lava Jato.
O petista deverá chegar à capital federal por volta das 16h30. A assessoria do presidente negou que a viagem tenha como objetivo tratar de assuntos eleitorais — oficialmente, o tema da visita é a “situação do país”, como auxílio emergencial, vacinação e o “desmonte do estado”.
Entre os que devem se reunir com o ex-presidente estão os senadores Fabiano Contarato (Rede-ES) e Weverton Rocha (PDT-MA), embaixadores e integrantes da cúpula do MDB, como o ex-presidente José Sarney.
Lula tornou-se novamente elegível depois que o STF anulou suas condenações na Lava-Jato e declarou o ex-juiz Sergio Moro parcial no julgamento do ex-presidente.
Em entrevistas e pronunciamentos, Lula não chega a confirmar a candidatura — mas também não a nega. Por enquanto, diz que é hora de discutir o país e seus problemas.
Outro cotado para encontrar o presidente era o senador Renan Calheiros (MDB-AL), mas avaliou-se que a conversa com o relator da CPI da Covid, poderia repercutir no trabalho do senador na comissão, que apura a gestão de Bolsonaro na pandemia do coronavírus.
A assessoria de Renan disse que não haverá encontro. A reportagem procurou ainda a equipe de Sarney, mas não teve resposta até a publicação deste texto.
Na última semana, quem visitou ao ex-presidente Sarney foi Bolsonaro, que foi à casa do ex-presidente pedir apoio no diálogo entre Calheiros e o Planalto. O encontro, fora da agenda de Bolsonaro, durou cerca de um hora e apenas o presidente e Sarney participaram.
O principal problema de Bolsonaro com o MDB é justamente a presença do senador Renan Calheiros (MDB-AL) como relator da CPI.
Nesta terça-feira, os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich vão depor na comissão. No dia seguinte será a vez de Eduardo Pazuello, outro ex-ministro da pasta. Já na quinta-feira, os parlamentares vão questionar o atual ministro, Marcelo Queiroga, e o presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antônio Barra Torres.