Lula reforça laços com a China e descarta temor de retaliação dos EUA

Presidente brasileiro destaca autonomia diplomática e defende multilateralismo em meio a tensões comerciais globais

(Foto: Arquivo)

Durante visita oficial à China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil não teme possíveis retaliações dos Estados Unidos devido ao fortalecimento das relações com o país asiático. Lula enfatizou a importância de uma política externa independente, baseada no multilateralismo e na diversificação de parcerias estratégicas.

“O Brasil não precisa escolher entre Estados Unidos ou China. Podemos e devemos manter boas relações com ambos, sempre priorizando os interesses nacionais”, declarou o presidente durante encontro com autoridades chinesas. Ele ressaltou que a aproximação com a China visa ampliar oportunidades comerciais, tecnológicas e de investimentos, sem comprometer os laços históricos com os EUA.

A visita ocorre em um contexto de intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China, marcada por imposição de tarifas e medidas protecionistas. Analistas apontam que o Brasil busca aproveitar esse cenário para se posicionar como um parceiro confiável e estratégico para ambos os países, evitando alinhamentos automáticos e promovendo uma diplomacia pragmática.

Durante a agenda na China, Lula participou da cúpula China-CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), reforçando o compromisso com a integração regional e a cooperação Sul-Sul. Além disso, foram assinados diversos acordos bilaterais em áreas como infraestrutura, energia, agricultura e tecnologia.

Especialistas destacam que a postura do Brasil reflete uma estratégia de diversificação de parcerias internacionais, buscando reduzir vulnerabilidades e ampliar o protagonismo no cenário global. A ênfase no multilateralismo e na autonomia diplomática é vista como uma resposta às pressões geopolíticas e econômicas atuais.

A visita de Lula à China consolida a retomada de uma política externa ativa e altiva, focada na defesa dos interesses nacionais e na construção de uma ordem internacional mais equilibrada e cooperativa.

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