Em coletiva realizada nesta sexta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, afirmou que a Lei de Redução da Inflação (IRA na sigla em inglês) e a Lei de Chips e Ciência dos EUA são outro exemplo da mentalidade hegemônica da abordagem “America First”.
Na última quarta, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse que o IRA e a “Lei de Chips” teriam criado uma divisão enorme entre EUA e Europa, estimulando divisões internas no Ocidente e desencorajando o investimento transatlântico.
A esse respeito, Zhao Lijian comentou que as Leis de Biden ignoram qualquer impacto que poderiam ter inclusive contra seus parceiros e aliados: “Os EUA chamam a Europa de um importante aliado. Mas na realidade, os EUA estão deixando a Europa pagar o preço pela crise”, disse o porta-voz.
Zhao observou ainda que, no caso da crise na Ucrânia, a Europa está sofrendo com a alta da inflação e os crescentes preços de energia, enquanto os EUA lucram com a situação.
Citando comentários da imprensa europeia, o porta-voz disse que não é de se surpreender que estejam se perguntando o porquê da paz e a prosperidade europeia deveriam depender dos interesses dos EUA.
A Lei de Redução da Inflação, homologada por Joe Biden em Agosto, foi criticada por líderes europeus pelos subsídios volumosos às empresas americanas. Segundo eles, isso prejudicaria as empresas não-americanas e seria um golpe contra a economia europeia que já lida com a crise da Ucrânia.
* Com informações da CGTN