O governo chinês revelou em 26 de dezembro de 2024 seu novo avião de combate furtivo, o J-36. O caça de sexta geração combina tecnologia stealth (furtiva) com grande capacidade de carga, permitindo operações aéreas de combate ar-ar e ar-terra em longos alcances e em velocidades supersônicas, de acordo com reportagem do Foreign Policy. Esse avanço representa um desafio significativo para sistemas modernos de defesa aérea.
A introdução do J-36 reacende análises sobre o avanço da China na corrida armamentista global, especialmente em um momento em que os Estados Unidos reduziram investimentos em tecnologias de domínio aéreo de próxima geração em seu mais recente orçamento de defesa. Para estrategistas militares norte-americanos, o novo caça chinês complica cenários operacionais, principalmente na província de Taiwan, onde o aumento da capacidade ofensiva da China demandaria ações rápidas de reforço em inteligência e defesa por parte dos estadunidenses.
O lançamento do J-36 é um marco importante na crescente competição tecnológica entre Pequim e Washington; a China não busca apenas dominar tecnologias comerciais essenciais, como veículos elétricos e inteligência artificial, mas também integrar avanços militares e civis em uma estratégia que visa replicar o modelo de superioridade tecnológica que influenciou o equilíbrio militar durante a Guerra Fria.
Analistas também interpretam o lançamento do novo caça como um recado ao presidente eleito dos EUA, Donald Trump, diante da possibilidade de novas tarifas e sanções econômicas. Como opção para reagir à diplomacia coercitiva norte-americana, Pequim tem intensificado sua demonstração de força militar. Desde as eleições presidenciais de novembro, a China lançou um dos maiores navios de guerra anfíbios do mundo, realizou sua maior operação naval em décadas e apresentou uma nova plataforma de inteligência aérea e de comando e controle.