Israel comete massacre em hospital e genocídio ganha mais força na ONU

Tropas saem do hospital de al-Shifa e carnificina é denunciada; juízes da Corte Internacional de Justiça reforçam tese da África do Sul

(Foto: Reprodução/Twitter)

Nesta segunda-feira (1), uma série de imagens assustadoras tem sido reveladas pela população palestina no hospital de al-Shifa, na cidade de Gaza.

Segundo a agência palestina de notícias (Wafa), pelo menos cem cadáveres foram descobertos na região, incluindo civis, pacientes do hospital e profissionais de saúde.

Afirmam as autoridades palestinas inclusive a existência de diversos corpos soterrados após serem atropelados por tanques de guerra do Exército Israelense.

Israel agora prepara uma “pinça” e cerca a cidade de Rafah, onde mais de 1 milhão de palestinos estão abrigados após a destruição da parte norte da Faixa de Gaza.

A infraestrutura foi completamente destruída e a unidade de saúde não existe mais na prática. O governo israelense – que negou a explosão do hospital al-Shifa em outubro de 2023 – agora não tem medo e nem sequer fez questão de limpar a cena do crime em Gaza.

Na ONU, genocídio ganha força

Recentes decisões da Corte Internacional de Justiça, o tribunal arbitral da ONU, devem preocupar Israel.

“O tribunal observa que os palestinianos em Gaza já não enfrentam apenas o risco de fome… mas que a fome está a instalar-se”, disseram os juízes. “Pelo menos 31 pessoas, incluindo 27 crianças, já morreram de desnutrição e desidratação, de acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários”, disse a decisão da CIJ.

As primeiras decisões comandavam Israel a prevenir a fome na região. Agora, a nova decisão já afirma que a fome aumentou e que as forças israelenses não tomaram as necessárias medidas para evitar o quadro de morte dos palestinos.

Além disso, em votos individuais de boa parte dos juízes, já aparecem sintomas graves do genocídio denunciado pela África do Sul no tribunal.

Dentro de Israel, protestos massivos contra o governo Netanyahu estouram e o pedido de formação de um novo gabinete político tem se intensificado. Além disso, os ataques ao norte oriundos das forças do Hezbollah têm se intensificado gradativamente, colocando dificuldade em muitas frentes.

Netanyahu está isolado na política interna, externa, pressionado pela ONU, pelo Hezbollah, pelos EUA. Mas a guerra deve continuar.

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