Em 2020, os fluxos globais de investimento estrangeiro direto (IED) caíram 38% em relação ao ano anterior, para US$ 846 bilhões, o menor nível desde 2005, informou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Os fluxos globais do IED representaram apenas 1% do PIB mundial, seu nível mais baixo desde 1999, disse a OCDE.
Os números de IDE da OCDE ecoaram um relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento no início deste ano, que também constatou que a China se tornou o maior receptor de IDE em 2020.
O apelo da China ao investimento estrangeiro se estendeu até 2021, já que a economia chinesa manteve um desempenho positivo no primeiro trimestre, e as empresas estrangeiras esperavam um futuro promissor no país.
Uma recente pesquisa do Ministério do Comércio mostra que 96,4% das empresas com investimento estrangeiro estão otimistas sobre suas perspectivas de negócios na China.
O número representa um aumento de 2,1 pontos percentuais ante o início do ano, apontou a pesquisa com mais de 3.200 empresas financiadas por estrangeiros.
Os dados do ministério também mostraram que o IED na parte continental da China aumentou anualmente 39,9% em uso real, para 302,47 bilhões de yuans (cerca de US$ 46,74 bilhões) no primeiro trimestre.
Liu Xiangdong, pesquisador do Centro de Intercâmbio Econômico Internacional da China, atribuiu o crescimento robusto do IED no primeiro trimestre a uma base baixa no ano passado, fundamentos econômicos sólidos e crescente atratividade para o capital estrangeiro.
Considerando a baixa base de curto prazo e as incertezas à frente, a alta taxa de crescimento do IED da China pode não se sustentar, disse Liu. “No entanto, a China continuará atraente para os investidores estrangeiros à medida que o país continua a impulsionar a reforma e a abertura”.
Olhando para o futuro, a China tem feito grandes esforços para atrair mais investidores globais para seu enorme mercado interno, ampliando o acesso ao mercado e melhorando o ambiente de negócios.
Em janeiro, entrou em vigor um catálogo industrial revisado que abre mais setores para os investidores estrangeiros, incentivando mais capital estrangeiro para impulsionar a fabricação de produtos de alta qualidade.
Outras medidas incluíram a implementação do tratamento nacional pré-estabelecido mais o sistema de gestão de lista negativa, acelerando a implementação de projetos importantes financiados pelo exterior e reforçando a proteção ao investimento estrangeiro.