O presidente rotativo da Huawei, Xu Zhijun, anunciou na última segunda-feira, 12, que a empresa lançará a rede 6G em 2030, e segundo ele, será 50 vezes mais rápida que a tecnologia 5G. O executivo fez essas observações na conferência global de analistas da Huawei em Shenzen, província de Guandong, no sul da China. Para tentar explicar o que é a rede 6G — já que é uma tecnologia sem definições de protocolos e frequências — a empresa chinesa vai lançar um relatório em breve.
Cui Baoguo, vice-reitor da Escola de Informação da Universidade de Tsinghua, na China, fez uma previsão de que a velocidade da rede 6G poderia chegar a até 1.000 GB por segundo e um atraso de 100 microssegundos. A velocidade do 6G é 50 vezes maior do que as velocidades nas redes de internet da 5ª geração. O 6G é superior à tecnologia 5G em termos de velocidade, atraso, densidade de tráfego, bem como densidade de conexão, mobilidade, eficiência de espectro e capacidades de posicionamento.
A supervelocidade será auxiliar da tecnologia de 6ª geração. De acordo com especialistas, uma rede 6G adequada resultará em um mundo conectado de integração de comunicação sem fio terrestre e via satélite. Se a rede 5G é focada em suportar a demanda de dispositivos conectados (IoT, internet das coisas), a tecnologia 6G será uma evolução desse cenário, ou seja, terá uma cobertura global.
A rede 5G standalone, o “5G puro”, ainda está sendo implantada no Brasil. Recentemente, uma ligação por vídeo usando a tecnologia foi feita da sede da Nokia, em São Paulo, para o Palácio do Planalto, em Brasília. A videochamada inédita na América Latina com a 5ª geração de internet fez parte de uma série de demonstrações de fabricantes da tecnologia ao governo brasileiro, e a Nokia foi a primeira. A previsão do leilão do 5G é de que ocorra ainda este ano. O Ministério das Comunicações prevê também que todas as capitais brasileiras estarão com o 5G standalone até julho de 2022.
