Governo de Taiwan propõe orçamento recorde para Forças Armadas

Segundo a proposta que ainda precisa passar pelo Parlamento, US$ 19.41 bilhões seriam destinados à Defesa da ilha em 2023

O gabinete da presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, propôs um orçamento recorde para as Forças Armadas da ilha, em meio a tensões renovadas com Pequim. 

Segundo a proposta que ainda precisa passar pelo Parlamento, US$ 19.41 bilhões seriam destinados à Defesa em 2023 –ou cerca de 15% de todo o orçamento do governo. O valor representa um acréscimo de 13,9% em relação ao ano passado, enquanto o crescimento anual ficou abaixo de 4% desde 2017.

Segundo a Direção-Geral de Orçamento, Contabilidade e Estatística de Taiwan, os recursos seriam destinados principalmente à aquisição de novos caças de combate e novos equipamentos para melhorar as capacidades marítimas e aéreas. 

“Para proteger a segurança nacional, o orçamento geral de Defesa para o próximo ano chegará a 586,3 bilhões de dólares taiwaneses para um recorde”, disse um porta-voz do gabinete, citando o primeiro-ministro de Taiwan, Su Tseng-chang.

A presidente Tsai disse que a ilha não mudaria sua posição sob “pressão ou ameaças” de Pequim. “Ao mesmo tempo, como membro responsável da comunidade internacional, Taiwan não provocará incidentes nem escalará conflitos”, assegurou ela.

A China lançou uma série de exercícios militares sem precedentes nos arredores de Taiwan em resposta à visita da presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taipei, no início do mês. Pequim sustenta que a visita violou gravemente a política de Uma Só China, que estabelece que Pequim é o único governo legal de toda a China, reconhecida pelos próprios EUA nos Três Comunicados Conjuntos. O PCCh promete reunificar a ilha, considerada uma província rebelde, por meios pacíficos, mas não descarta o uso da força para conter o separatismo, representado principalmente pelo partido governista em Taiwan, o Partido Democrático Progressista (DPP, na silga em inglês). 

Em março, Pequim disse que gastaria 7,1% a mais em defesa este ano, ou US$ 211.62 bilhões. Seus investimentos se concentram em equipamentos avançados, incluindo caças furtivos e porta-aviões.

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