A China deu continuidade em abril a seu processo de recuperação comercial, com as exportações acelerando acima do esperado e o crescimento das importações atingindo máxima de uma década, em um impulso à segunda maior economia do mundo.
A recuperação econômica dos EUA e a estagnação da produção industrial em outros países afetados pelo coronavírus elevaram a demanda por produtos fabricados na China, disseram analistas.
As exportações em termos de dólares saltaram 32,3% sobre o mesmo período do ano anterior, para US$ 263,92 bilhões, informou nesta sexta-feira a Administração Geral de Alfândegas da China, superando a previsão de analistas de 24,1% e o crescimento de 30,6% em março.
“O crescimento das exportações da China de novo surpreendeu para cima”, disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management, acrescentando que dois fatores — o crescimento da economia dos EUA e a crise da Covid-19 na Índia, levando algumas encomendas a passar para a China — provavelmente contribuíram para o forte crescimento das exportações.
As importações também foram expressivas, subindo 43,1% sobre o ano anterior, ganho mais forte desde janeiro de 2011 e acelerando ante a taxa de 38,1% vista em março. Também foi melhor do que a alta de 42,5% esperada em pesquisa da Reuters, diante dos preços mais altos de commodities.
O superávit comercial da China de US$ 42,85 bilhões foi maior do que o excedente de 28,1 bilhões esperado em pesquisa da Reuters.
Setor de serviços também avança em abril
Já o setor de serviços da China expandiu no ritmo mais forte em quatro meses em abril, mostrou nesta sexta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do IHS Markit.
O PMI de serviços da China subiu a 56,3, nível mais alto desde dezembro, quando a mesma leitura foi registrada, e ante 54,3 em março. A marca de 50 separa crescimento de contração.