A representante do Comércio dos Estados Unidos anunciará nesta segunda-feira (4) a retomada nos próximos dias de “discussões abertas” com a China para abordar a aplicação do acordo bilateral assinado em 2020, segundo trechos do discurso que deve pronunciar em um centro de pesquisas.
“A China assumiu compromissos que devem beneficiar algumas indústrias americanas, como a agricultura, que devemos fazer respeitar”, afirmará Katherine Tai no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), indicando desta maneira que Pequim não cumpriu tudo que foi acordado.
A administração do presidente Joe Biden vai “iniciar um procedimento de isenções seletivas de tarifas de importação”, anunciará Tai no discurso.
Entre 2018 e 2020, a administração do ex-presidente Donald Trump adotou tarifas de importação aos produtos chineses que representavam 370 bilhões de dólares anuais.
As tarifas punitivas, impostas em retaliação às práticas comerciais chinesas consideradas “desleais”, são criticadas por muitas empresas.
No início de agosto, grandes grupos americanos pediram ao governo Biden a redução das tarifas, destacando que as empresas dos Estados Unidos enfrentam “custos crescentes” porque as taxas adicionais são pagas pelos importadores.
Uma fonte do governo americano disse que as tarifas atuais impostas pelo governo Trump permanecerão em vigor durante o procedimento de isenção.
O presidente Joe Biden havia solicitado a Katherine Tai uma reavaliação global da estratégia comercial de Washington com Pequim.