De guerreiros imponentes a damas elegantes, de feras míticas em movimento a cenas do cotidiano com música e dança, o acervo do Museu de Esculturas em Pedra da Dinastia Song de Luxian, em Luzhou, impressionou representantes de mais de 20 veículos de mídia chinesa no exterior. No dia 15, eles percorreram as galerias do museu, registrando em fotos e vídeos a delicadeza das esculturas em pedra, em busca de novos materiais para divulgar a cultura tradicional chinesa ao público internacional.
O Museu de Esculturas em Pedra da Dinastia Song de Luxian é o único museu temático dedicado a esse tipo de patrimônio na China. A instituição abriga mais de 14 mil peças, com foco em obras da dinastia Song do Sul. As técnicas predominantes são o alto-relevo, o baixo-relevo e a gravura em linhas, sendo o alto-relevo o mais frequente. A variedade de temas é ampla: as esculturas retratam economia, política, vida social, cultura e costumes funerários da época. Cada “joia em pedra” funciona como um livro de história, registrando e reconstituindo a atmosfera da era Song.

“A imaginação dos antigos, a força estética e a habilidade de escultura são realmente impressionantes”, afirmou Cui Mingcai, editor-chefe do portal Argentchina, durante a visita. Segundo ele, o projeto expositivo do museu permite que visitantes de diferentes origens culturais compreendam as histórias por trás das obras e percebam a profundidade e o brilho da civilização chinesa. Cui gravou grande quantidade de vídeos e acredita que o público argentino também ficará impactado pela beleza das esculturas de Luxian, o que pode abrir uma janela para conhecer melhor a arte em pedra da China e estimular viagens ao país e à cidade de Luzhou.
Sichuan é a província com o maior número de grutas e esculturas rupestres (incluindo relevos em penhascos) do país, formando, em conjunto com o sistema de esculturas do norte da China, uma estrutura monumental de arte religiosa e funerária. Nos últimos anos, Luxian vem seguindo o princípio de “proteger em primeiro lugar, fortalecer a gestão, explorar o valor, utilizar de forma eficaz e fazer o patrimônio ganhar vida”, promovendo de forma sistemática tanto a proteção quanto o uso cultural das relíquias, com resultados expressivos.

Para Chen Ruyan, vice-chefe de redação da Seven Days Media, do Canadá, não são apenas as peças em si que merecem projeção internacional, mas também o processo de preservação, a experiência acumulada e as práticas de “ativação” do patrimônio, que aproximam o público das relíquias. Na avaliação dela, contar histórias vivas, conectadas ao contexto histórico e cultural, é a chave para atrair a audiência no exterior. Representando a mídia chinesa no exterior, Chen pretende transformar o material reunido em Luxian em uma série de reportagens sobre a arte em pedra, ajudando o público global a entender melhor o rápido avanço da área de museus e proteção do patrimônio cultural na China.














