Em conferência ambiental promovida por Lula, Xi reitera compromissos ambientais da China

Presidente chinês destaca liderança em energia renovável e garante que ações climáticas não serão desaceleradas, mesmo diante de tensões globais

(Foto: Reprodução/ Brasil 247)

Em discurso transmitido por videoconferência nesta quarta-feira (23), durante a Reunião de Líderes sobre Clima e Transição Justa, o presidente da China, Xi Jinping, assegurou que o país manterá seu ritmo nas ações contra as mudanças climáticas, independentemente das transformações políticas globais. A informação foi divulgada pela agência estatal Xinhua.​

“Seja qual for a mudança no mundo, a China não desacelerará suas ações climáticas, não reduzirá seu apoio à cooperação internacional e não cessará seus esforços para construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade”, afirmou Xi.​

O líder chinês também anunciou que a China apresentará suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) para 2035 antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em novembro, em Belém, no Brasil.​

Xi destacou que o país construiu “o maior e mais rápido sistema de energia renovável do mundo”, além de possuir “a maior e mais completa cadeia industrial de novas energias”. Ele ressaltou ainda que a China lidera globalmente em velocidade e escala de reflorestamento, contribuindo com um quarto da área de reflorestamento adicionada no mundo.​

Durante o encontro, Xi criticou o unilateralismo e o protecionismo de algumas nações, que, segundo ele, impactam severamente as regras e a ordem internacional. Embora não tenha mencionado diretamente os Estados Unidos, suas declarações foram interpretadas como uma referência às políticas comerciais e energéticas do governo do presidente Donald Trump.​

A ausência dos Estados Unidos no evento foi notável, com o país optando por enviar um representante de nível inferior a uma reunião separada sobre energia em Londres. Enquanto isso, líderes presentes na cúpula concordaram em apresentar seus planos nacionais de redução de emissões de gases de efeito estufa até setembro, antes da COP30, e se comprometeram a desenvolver um roteiro para fornecer US$ 1,3 trilhão anualmente em financiamento climático para nações em desenvolvimento até 2035.​

O Brasil, anfitrião da COP30, tem intensificado esforços diplomáticos para persuadir grandes economias, incluindo a China, a fortalecerem seus compromissos e alinharem-se ao objetivo do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a bem abaixo de 2°C. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja reuniões com Xi Jinping por meio de fóruns dos BRICS antes do prazo final para a apresentação das NDCs.​

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