O ato, iniciado na tarde de terça-feira (7), tem como inspiração os acampamentos organizados em universidades dos Estados Unidos e da Europa em protesto à ação militar liderada por Israel na Faixa de Gaza.
De acordo com o portal Terra, uma das reivindicações dos manifestantes da USP é o rompimento de sete convênios que a universidade tem com entidades acadêmicas israelenses, cujas produções científica e tecnológica, segundo o grupo, também são voltadas para objetivos militares e de ataques aos palestinos.
O ESPP foi criado em 2018 e refundado no primeiro semestre do ano passado. O movimento recebe o apoio de sindicatos, como Metroviários, Sindicato dos Servidores Federais e o Sindusp, e também de partidos políticos a partir de coletivos de juventude.
O estudante do curso de Letras, João Conceição, é um dos que está à frente do movimento e explicou que o protesto não pretende atingir a religião judaica.
“É um boicote coletivo das universidades e não contra um indivíduo em específico. O protesto é contra universidades que estão a serviço de um projeto militar que tem atacado o povo palestino. […] existem judeus que também estão no movimento e que lutam pela libertação da Palestina”, afirmou Conceição, citado pela mídia.
As manifestações em protesto à guerra de Israel contra o Hamas em Gaza abalaram os campi universitários nos Estados Unidos nas últimas semanas, provocando medidas contundentes, prisões em massa e uma medida da Casa Branca para restabelecer a ordem.
Na semana passada, a polícia entrou no campus na Universidade de Columbia, em Nova York, para expulsar um grupo de estudantes que tinham ocupado um edifício e desmantelar o acampamento montado nos jardins da unidade educacional.
Os manifestantes exigiam que a instituição cortasse todos os laços econômicos com Israel e empresas que se beneficiam da guerra, bem como garantissem a transparência financeira.
No Brasil, segundo os organizadores, o acampamento deveria durar até quinta-feira (9), logo após uma reunião com a congregação da FFLCH. O encontro, porém, precisou ser desmarcado e a desmobilização das barracas ainda não tem uma data definida, acrescentou a mídia.