Economia chinesa ganha novo impulso e yuan se recupera ante ‘ventos favoráveis’, diz mídia

Analistas argumentam que a moeda chinesa ganhou novamente um impulso de fim do ano — por seis anos consecutivos — graças à recuperação econômica de Pequim e o aumento das vendas em dólar.

(Foto: Xinhua)

De acordo com a Bloomberg, o yuan da China deve ser impulsionado pelos ventos favoráveis do final do ano e pelas especulações de que a sua recente recuperação vai incentivar os exportadores a aumentar as vendas em dólares, dizem os analistas.

Dados levantados pela mídia demonstraram que apesar de terem acumulado ganhos nos últimos seis anos pelo mesmo período, foi em 2022 que a moeda chinesa teve o maior desempenho. Sua valorização nesta época do ano se dá em função das festividades entre novembro e dezembro e do consequente aumento da procura por bens e serviços que movimentam a circulação de yuans, afirmou a China International Capital Corp.

Mesmo diante da recuperação, a moeda chinesa teve o pior desempenho financeiro asiático este ano, o que tem motivado uma espera por parte das empresas para uma valorização do yuan e uma conversão pragmática para depósitos em dólar. Agora, os exportadores vão poder começar a pensar em uma troca por dólares sem temores de desvalorização do yuan.

“O indicador do dólar é a chave para sustentar a recuperação do yuan”, disse Neo Wang, diretor-gerente de pesquisa sobre a China da Evercore ISI em Nova York. “Para a liquidação cambial, vemos dezembro como o mês de pico e a sazonalidade provavelmente impulsionará o ganho do yuan em relação ao dólar no final do ano.”

A especulação de que o yuan quebrou a sua longa tendência descendente tem aumentado assim como o pessimismo sobre os ativos chineses tem reduzido na medida em que o governo tem dado suporte ao setor imobiliário chinês e os riscos geopolíticos parecem ter reduzido.

O yuan continua a ser apoiado pelas orientações fixas de Pequim, mesmo quando o dólar começa a enfraquecer. As autoridades reforçaram o apoio cambial na semana passada, impulsionando a moeda além da taxa de referência pela primeira vez desde julho, segundo a Bloomberg. ​

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