Autoridades chinesas reforçaram as restrições contra a covid-19 em partes de Pequim, em um esforço para evitar que o vírus atrapalhe a realização dos Jogos Olímpicos de Inverno, que começam no próximo dia 4.
Várias áreas em três bairros do distrito de Fengtai foram designadas como “regiões controladas” pelas autoridades, uma medida já adotada em outras partes da cidade. Com isso, os moradores são obrigados a passar por testes diários e proibidos de deixar os complexos residenciais.
Para evitar o risco de contágios, a China criou o que chamou de “circuito fechado” para a Olimpíada de Inverno. O objetivo é impedir que participantes do evento entrem em contato com a comunidade local. Atletas, técnicos e jornalistas que participarão dos Jogos de Inverno estão tendo que se submeter a rígidas regras de testagem antes e depois do desembarque em Pequim.
Os organizadores da Olimpíada informaram que 23 novos casos de covid-19 foram detectados entre pessoas que trabalharão no evento nas últimas 24 horas. Desse total, oito foram confirmados entre pessoas que já estão no “circuito fechado” e o restante no desembarque no aeroporto da capital.
O presidente da China, Xi Jinping, se reuniu ontem com o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, para discutir os planos para combater a covid-19 durante o evento. Este foi um raro encontro com uma autoridade estrangeira que contou com a presença de Xi, que não deixa o país desde o início de 2020 por causa da pandemia.
Como parte do esforço para conter o vírus, a China anunciou recentemente que não venderia ingressos para os Jogos Olímpicos de Inverno. Apenas espectadores “selecionados” estarão nas instalações esportivas durante as competições, segundo os organizadores.