Com o sucesso do lançamento do módulo Tianhe, a China dá início a um cronograma apertado. Para finalizar a construção da estação espacial até o fim do próximo ano, o país pretende realizar mais 10 lançamentos; entre eles: dois lançamentos de módulo, quatro missões tripuladas e quatro voos de navios de carga. Ao final da construção, a CSS terá um formato de “T”, onde o módulo Tianhe estará no centro com os módulos Wentian e Mengtian — um em cada lado —, segundo o chefe do projeto no programa espacial da China, Zhou Jianping.
A princípio, a estação terá espaço para apenas seis tripulantes, segundo Bai Linhou, da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST), envolvida no projeto. A China espera, com lançamentos regulares de tripulação e de cargas, garantir uma presença humana por longos períodos na órbita da Terra. O diretor do Escritório de Engenharia Espacial da China, Hao Chun, disse que: “Em seguida, lançaremos a espaçonave de carga Tianzhou 2 em maio e a espaçonave Shenzhou 12, em junho. Três astronautas ficarão em órbita por três meses, com a nave espacial tripulada Shenzhou 12″.
Quando finalizada, a CSS oferecerá toda estrutura adequada para a estadia dos tripulantes. Através da “casa inteligente”, a estação permitirá que seus astronautas controlem remotamente os eletrodomésticos da cabine através de um tablet. Além disso, um sistema de ventilação garantirá o conforto dos tripulantes, que trabalharão de acordo com o fuso horário de Pequim, enquanto a estação completa uma volta em torno da Terra a cada 90 minutos. Para não interromper o relógio biológico de cada um, a estação terá um sistema de iluminação que simulará um ambiente no crepúsculo e também o modo noturno.
A Estação Espacial Chinesa está planejada para trabalhar na órbita baixa da Terra, ou seja, a uma altitude entre 340 a 450 quilômetros. Inicialmente, seu tempo de vida é projetado para 10 anos, mas pode se estender para além dos 15. A China tem intenção de transformar a CSS em um laboratório espacial que oferece condições de estadias prolongadas, para desenvolvimento de experimentos científicos e tecnológicos. E, desde já, revela-se aberta à colaboração internacional.