O preço do Bitcoin declinou 10% após o anúncio feito nesta sexta-feira (21), ficando abaixo de US$ 38.500.
China vai reprimir mineração de Bitcoin
De acordo com um documento publicado pelo governo chinês, a medida faz parte da estratégia do Comitê de Estabilidade Financeira e Desenvolvimento da China (FSDC).
Durante a 51ª reunião do FSDC, o regulador chinês informou que lançará mão de uma série de ferramentas de política monetária para neutralizar riscos financeiros de forma eficaz.
E uma dessas ferramentas inclui a repressão de mineração e da negociação de criptomoedas:
“(…) fortalecer a supervisão das atividades financeiras das empresas, reprimir a mineração de Bitcoin e comportamento comercial, e prevenir resolutamente a transmissão dos riscos individuais para o campo social.”
Nesse sentido, o comitê destacou que irá reprimir severamente o que considera atividades ilegais de valores mobiliários. Além disso, pretende “punir severamente” as atividades financeiras ilegais.
A reunião que tratou do tema foi presidida por Liu He, membro do Bureau Político do Comitê Central do Partido Comunista Chinês (PCCh).
A notícia veio pouco tempo depois de declarações de três organizações apoiadas pelo estado contra as criptomoedas. Os órgãos advertiram que as moedas digitais não eram “reais”. Assim, não deveriam ser permitidas por instituições financeiras.
Comunidade se manifesta
Após a notícia mais recentes, apoiadores do Bitcoin se manifestaram nas redes sociais. O perfil Whale Panda, por exemplo, afirmou que a proibição da China pode não ser o fim do mundo:
“Deixe a China realmente proibir a mineração e comércio de Bitcoin. A mineração seria mais descentralizada. O mercado clandestino de Bitcoin prosperaria. A falsa narrativa de que “a China controla o Bitcoin” desapareceria.”
Mas para o jornalista de criptomoedas chinês, Wu Blockchain, a notícia pode ser preocupante:
“Esta é a primeira vez que o mais alto escalão do governo chinês propõe claramente um golpe para a indústria de mineração.”