O economista Paulo Gala criticou a política protecionista do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao comentar sobre as tarifas comerciais impostas pelo governo norte-americano. Em publicação no X (antigo Twitter), Gala afirmou: “Essa obsessão de Trump com tarifas é uma piada. Não se recupera a hegemonia com taxas aleatórias. Isso soa como tentar esvaziar o oceano com um balde furado.” Ele então listou 15 avanços tecnológicos da China nos últimos 30 dias que, segundo ele, estão moldando o cenário global para os próximos 30 anos.
Entre as inovações citadas pelo economista, destaca-se a inteligência artificial chinesa DeepSeek, que realiza funções semelhantes ao ChatGPT, mas com um custo até dez vezes menor. Esse avanço já impactou o mercado global, com empresas de tecnologia americanas perdendo um valor de mercado estimado em US$ 1 trilhão, sendo que apenas a Nvidia viu suas ações caírem US$ 600 bilhões.
Outro desenvolvimento expressivo é o avanço da China em satélites de comunicação a laser. A empresa Chang Guang Satellite Technology Co atingiu uma taxa recorde de transmissão de dados de 100 Gbps, superando a capacidade dos satélites Starlink, de Elon Musk. Segundo Gala, essa velocidade permite a transmissão de 100 filmes completos em poucos segundos, colocando a China na liderança desse setor estratégico.
A lista de Gala também menciona progressos chineses em áreas como supercomputação, semicondutores, tecnologia quântica e energia renovável. Esses avanços reforçam a posição da China como potência tecnológica global e expõem a fragilidade da abordagem protecionista dos Estados Unidos, que busca conter a ascensão chinesa por meio de barreiras tarifárias.
A postura do governo norte-americano tem sido questionada por economistas e especialistas em comércio internacional. O próprio Paulo Gala ironizou a estratégia ao afirmar que tentar barrar o crescimento da China por meio de tarifas é como “tentar esvaziar o oceano com um balde furado”.
Enquanto Trump insiste em medidas protecionistas, a China continua a expandir sua influência tecnológica e econômica. Os recentes avanços evidenciam que o domínio global no século XXI não será definido apenas por políticas comerciais, mas pela capacidade de inovação e adaptação ao cenário digital e tecnológico em constante evolução.