A China reduziu significativamente as compras de carne bovina dos Estados Unidos e vem ampliando importações do Brasil e da Austrália. O movimento ocorre em meio a tensões comerciais e restrições impostas a frigoríficos norte-americanos, que perderam espaço no maior mercado consumidor de proteína animal do mundo.
Segundo o Canal Rural, a guerra tarifária e barreiras sanitárias aplicadas a unidades dos EUA levaram Pequim a diversificar fornecedores. O Brasil, principal exportador global de carne bovina, aparece como um dos maiores beneficiados, reforçando seu papel estratégico no abastecimento chinês. A Austrália também tem ampliado embarques para atender à demanda crescente.
O realinhamento das importações reflete a prioridade da China em garantir segurança alimentar com base em fornecedores considerados confiáveis e competitivos. Para o Brasil, o cenário fortalece o agronegócio nacional, em especial a pecuária de corte, e contribui para a balança comercial, já que o país asiático responde por mais de 50% da carne bovina exportada.
Especialistas destacam que a ampliação das compras por parte da China pode estimular investimentos em rastreabilidade, sustentabilidade e ampliação da capacidade frigorífica no Brasil, elementos cada vez mais valorizados no comércio internacional de alimentos.
A tendência é acompanhada de perto por outros exportadores, já que qualquer mudança nas preferências de compra chinesas gera impactos imediatos nas cotações e na dinâmica global do setor de proteínas.