China aceita nova data para visita de Lula; aprovação faz Planalto desmarcar com von der Leyen da UE

Mesmo tendo adiado a viagem por questões de saúde, a visita à China continua a ser prioridade do governo, tendo Lula encontrado com Celso Amorim e Mauro Vieira em momentos diferentes durante esta semana para acertar detalhes e manter a importância da viagem.

Com o cancelamento da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China após o mandatário pegar uma pneumonia, a chancelaria brasileira enviou para Pequim uma nova data para viagem, e, de acordo com o jornal O Globo, a data foi aceita.

Portanto, Lula embarcará para o país asiático no dia 11 de abril, e deve encontrar com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, entre os dias 13 e 14. Entretanto, com a nova data, o petista perderá uma reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que estava prevista para o dia 12 de abril.

Segundo o jornal, a agenda com os chineses é considerada uma prioridade para o governo brasileiro devido a importância estratégica do país – que é o principal parceiro comercial do Brasil – e para reforçar a intenção da atual gestão de inaugurar um novo momento das relações comercias com a China, desgastadas durante a gestão de Jair Bolsonaro.

Por isso, há uma preocupação do governo em repetir a comitiva recorde que Lula levaria à capital chinesa, de cerca de 240 empresários e 40 parlamentares. Inicialmente, o roteiro incluía uma visita à gigante tecnológica Huawei e o fechamento de uma lista que poderia chegar a 30 acordos bilaterais.

Lula voltará a viajar para a Ásia em maio, após ser convidado por Tóquio no último dia 22 para cúpula do G7 no Japão, mas o Itamaraty não queria vincular um encontro ao outro, temendo que Pequim interpretasse o gesto como uma redução da importância política da viagem, segundo o UOL.

Porém, antes da nova ida à Ásia, Lula receberá o chanceler russo, Sergei Lavrov, no dia 17 de abril em Brasília.