Brasil vai assumir a presidência do Brics a partir de 2025

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Depois de seis anos, o Brasil vai assumir novamente a presidência do Brics. A data para a posse está agendada para 1º de janeiro do ano que vem. Com diversas pautas previstas, destacam-se temas relacionados à reforma da governança global e ao desenvolvimento sustentável, também discutidos ao longo deste ano durante a presidência do G20.

O Brics terá a sua primeira reunião ampliada do bloco ainda nesta semana, que conta com a participação de dez países, entre eles Brasil, Rússia, China, África do Sul, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. O encontro acontecerá em Kazan, na Rússia. No entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poderá comparecer presencialmente, já que sua viagem foi cancelada após sofrer um acidente doméstico. Portanto, Lula participará da Cúpula do Brics por videoconferência.

O Ministério das Relações Exteriores declarou, ainda, que chefes de Estado deverão discutir temas como a entrada de países parceiros, um dos principais temas desta cúpula, passando pela crise no Oriente Médio e a cooperação política e financeira entre os membros.

Já o ano que vem o tema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável” irá guiar os temas debatidos, através de discussões que envolvem também a promoção do multilateralismo; o combate à fome e à pobreza; e a redução da desigualdade.

Brasil já poderia estar no comando do Brics, mas preferiu adiar o cargo por um ano

De acordo com as regras da rotatividade, o Brasil deveria ter assumido a presidência do Brics neste ano. No entanto, como também assumiu a presidência do G20, que reúne as 20 principais economias do mundo, o país decidiu adiar em um ano o comando do Brics, sendo que a Rússia o chefiou em 2024. De acordo com o secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, Eduardo Paes Saboia, o governo já decidiu que, no ano que vem, vai concentrar as ações relacionadas ao Brics no primeiro semestre. Isso porque, no segundo semestre, o Brasil sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA).

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