Bolsonaro vai ouvir deputados aliados antes de decidir sobre Patriota, diz Flávio

Presidente foi convidado oficialmente a entrar no partido, de acordo com senador, e irá anunciar escolha 'em breve'

Presidente Jair Bolsonaro foi convidado oficialmente para se filiar ao Patriota nesta terça-feira, de acordo com o senador Flávio Bolsonaro (RJ), que se filiou à sigla na segunda-feira. De acordo com Flávio, Bolsonaro vai conversar com deputados aliados antes de anunciar sua decisão, que deverá ocorrer “em breve”.

Flávio publicou nesta terça-feira uma foto ao lado de Bolsonaro e do presidente do Patriota, Adilson Barroso, no Palácio do Planalto. O senador não explicou se a reunião, que não consta da agenda de Bolsonaro, ocorreu nesta terça ou ainda na segunda-feira.

Na segunda-feira, após sua filiação, o senador havia dito ao GLOBO que a tendência era que fosse seguido pelo seu pai:

— Adilson vai fazer convite oficial de filiação ao Bolsonaro. Talvez esta semana. A tendência natural é que ele venha. Agora vamos trabalhar por uma grande coalizão em 2022 com partidos como PP, PL, Republicanos, PSL e outras siglas que deverão fazer parte dessa nova etapa do Brasil — declarou.

Na manhã desta terça, no entanto, ao ser questionado por um apoiador sobre a entrada de Flávio na legenda, Bolsonaro riu e desconversou:

— O que vale é a minha filiação.

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A convenção nacional do Patriota, no qual foi anunciada a filiação de Flávio e que pode abrir caminho para o ingresso de Bolsonaro, foi alvo de contestação na Justiça Eleitoral. Integrantes da sigla afirmam terem sido surpreendidos com a presença de Flávio, anunciado como líder da sigla no Senado. Eles ainda acusam Adilson Barroso de ter cometido uma série de irregularidades para obter a maioria, fazer mudança no Estatuto e favorecer a entrada do grupo de Bolsonaro.

O Patriota tem um histórico de contas reprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Criada em 2012 com o nome Partido Ecológico Nacional (PEN), a legenda teve as contas daquele ano rejeitadas parcialmente. Depois disso, elas foram desaprovadas em 2014 e 2015. As contas dos anos seguintes ainda não foram analisadas. No caso de 2016, já há manifestação do Ministério Público Eleitoral (MPE) pedindo nova reprovação.

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