O artigo em causa, publicado pelo jornal chinês Global Times, escreveu: “Levando em consideração que os falcões australianos continuam promovendo ou insinuando que a Austrália ajudará os militares dos EUA e participará de guerra assim que o conflito militar eclodir no estreito de Taiwan, e os veículos de imprensa australianos têm ativamente promovido este sentimento, eu sugiro que China prepare um plano para impor punição retaliatória.”
A “punição retaliatória” sugerida pelo jornal chinês seria contra Camberra, assim que as forças australianas interferirem na situação entre Taiwan e China.
“O plano deve incluir ataques de longo alcance a instalações militares e instalações importantes e relevantes em solo australiano, se realmente forem enviadas tropas australianas para áreas costeiras da China para combater o Exército de Libertação Popular”, opina autor do artigo.
Ao citar o artigo do jornal Global Times, o analista político Siracusa afirmou que as ameaças de uso de mísseis de longo alcance contra a Austrália são um grave “erro diplomático”.
“Considero uma ameaça como essa um erro diplomático muito grave da sua parte”, comentou ao canal Sky News.
Além disso, o analista político acredita que o governo australiano deveria convocar o embaixador chinês para que as alegações sejam repudiadas pelo chefe da missão chinesa na Austrália, e se o diplomata não quiser repudiar, que seja então expulso da Austrália.
“Quando você ameaça outro país com um ataque ao seu território é hora de dizer ao embaixador para ir embora, e isso transmite uma mensagem muito importante”, concluiu o professor.
Recentemente, Pequim suspendeu por tempo indeterminado todas as atividades do Diálogo Econômico Estratégico China-Austrália, acusando Camberra de colocar entraves à cooperação bilateral.
A tensão nas relações sino-australianas tem aumentado desde que Morrison exortou Pequim, em 2020, a permitir um estudo independente sobre as origens da COVID-19, provocando uma resposta de Pequim e sanções econômicas recíprocas.