Por Guilherme Levorato, 247 – Promulgada há pouco mais de uma semana com grandes esforços políticos por parte do governo Jair Bolsonaro (PL), a PEC Eleitoral, que libera R$ 41,25 bilhões em benefícios sociais às vésperas da eleição, a princípio não rendeu lucros políticos ao candidato à reeleição.
Um dos principais benefícios concedidos pela PEC é o Auxílio Brasil, benefício que distribui R$ 600 a famílias em situação de extrema pobreza e pobreza – com renda familiar mensal per capita de até R$ 210 – e famílias em regra de emancipação.
Pesquisas do Instituto FSB, contratado pelo BTG Pactual, e do Ipespe, contratado pela XP Investimentos, divulgadas nesta segunda-feira (25) mostram que mesmo com o benefício oferecido pelo governo federal, os mais pobres ainda preferem votar no ex-presidente Lula (PT).
Lula aparece com 44% das intenções de voto nos dois levantamentos, realizados por telefone. Entre os eleitores com renda de até um salário mínimo (R$ 1.212), segundo dados do FSB, 61% declaram voto em Lula e 19% em Bolsonaro. O petista também tem melhor desempenho entre o eleitorado com renda de um a dois salários mínimos e de dois a cinco salários mínimos.
Segundo o levantamento do Ipespe, Lula tem 51% das intenções de voto entre o eleitorado com renda de até dois salários mínimos. Bolsonaro tem 28%. Entre os eleitores com renda superior a dois salários mínimos, Bolsonaro tem melhor desempenho.
O Auxílio Brasil começará a ser pago em agosto. Após a real distribuição da verba, é verdade, os números podem mudar. Por enquanto, Lula mantém sua liderança entre os mais pobres.
O levantamento FSB ouviu 2.000 eleitores por telefone entre 22 e 24 de julho e está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-05938/2022. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro de dois pontos percentuais.
Já o levantamento Ipespe ouviu 2.000 eleitores por telefone entre 20 e 22 de julho e está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-08220/2022. O intervalo de confiança é de 95,45% e a margem de erro de 2,2 pontos percentuais.