Iniciativa “Uma Peça por Aldeia” impulsiona novas práticas de civilidade no meio rural

Projetos teatrais itinerantes usam histórias reais para combater desperdício em casamentos, maus-tratos a idosos e costumes ultrapassados

(Foto: Heze)

“Antes, os casamentos e funerais na aldeia eram marcados por extravagância e competição. Depois de assistir à peça, tudo ficou claro para todo mundo.” O relato é de Hou Xiliang, morador da aldeia administrativa de Sixihou, no município de Malingang, Zona Oeste de Heze, após assistir ao teatro curto “Devolvendo o Dote” – uma impressão que, segundo ele, é compartilhada por muitos vizinhos.

A cena traduz bem a prática adotada na Zona Oeste de Heze: usar o projeto cultural beneficente “Uma Peça por Aldeia” como veículo para promover a transformação de costumes e cultivar novas práticas civilizadas. Para enfrentar problemas como gastos excessivos em casamentos e funerais, o distrito abandonou o modelo tradicional de “palestra unidirecional” e passou a integrar o tema da mudança de costumes na linguagem da ópera e do teatro popular, formatos que o público rural aprecia e compreende. Em parceria com companhias locais de ópera de Henan e trupes de Zhuizi, foi criado um serviço “sob medida” de envio de peças teatrais às aldeias, levando às comunidades um verdadeiro banquete cultural com valor educativo e artístico.

Na construção dos roteiros, a equipe de criação fez pesquisas de campo, coletando casos reais para adaptar as histórias ao cotidiano das famílias locais. Diante do problema do dote exorbitante, nasceu a peça curta “Devolvendo o Dote”, que narra a decisão de uma família de membros do Partido de abrir mão dos altos valores e defender casamentos mais simples, transmitindo conceitos civilizados de amor e união. Voltando-se ao tema da falta de piedade filial, o distrito lançou a peça “Dividindo o Pai”, que mostra filhos tentando fugir da responsabilidade de cuidar dos pais idosos, provocando reflexão profunda na plateia e incentivando o respeito e o cuidado com os mais velhos.

No formato de apresentação, a Zona Oeste de Heze adotou o modelo inovador “Sessões Fixas + Pedido Sob Demanda”. Todos os anos, mais de 100 apresentações programadas são realizadas para cobrir todas as aldeias administrativas do município. Paralelamente, foi criada uma linha direta para pedidos de peças, combinada com a oferta de conteúdos temáticos em datas como o Ano Novo Chinês, o Festival das Lanternas, o Festival do Meio Outono e o Festival do Duplo Nove, com foco especial nos “novos costumes matrimoniais” durante a alta temporada de casamentos. Após cada apresentação, os aldeões são convidados a compartilhar suas impressões em “reuniões de debate no banco de bambu”, discutindo novas tendências de civilidade e a prática dos valores fundamentais do socialismo em um ambiente de diálogo comunitário.

Hoje, o envio de peças teatrais ao campo tornou-se uma verdadeira “chave de ouro” para a transformação de costumes na Zona Oeste de Heze. A maioria das aldeias já implementou normas de “novos costumes matrimoniais, funerais simplificados”, e as novas práticas defendidas nas peças foram incorporadas aos regulamentos internos das comunidades. No palco rural, a ópera tradicional não apenas exibe seu encanto cultural, como também semeia sementes de civilização, ajudando a transformar a mudança de hábitos de um processo de “fazem porque mandam” para “fazemos porque queremos” e desenhando um novo panorama para a construção da civilização rural.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui