Após seis meses de embargo sanitário, a China retomou oficialmente as importações de carne de frango do Brasil, reacendendo o dinamismo de uma das cadeias produtivas mais importantes do agronegócio nacional. A decisão foi recebida com entusiasmo pelo setor, que vê na reabertura do mercado chinês um sinal de confiança na qualidade e na segurança dos produtos brasileiros.
O bloqueio havia sido instaurado em abril, após a detecção isolada de um caso de gripe aviária em uma ave silvestre, o que levou Pequim a adotar medidas preventivas temporárias. Agora, com o restabelecimento das condições sanitárias e a adoção de protocolos rigorosos de controle, a China — maior importadora de proteínas do mundo — volta a abrir suas portas para o frango brasileiro, fortalecendo um elo comercial que já movimenta bilhões de dólares por ano.
O Brasil é atualmente o maior exportador global de carne de frango, com embarques destinados a mais de 150 países. A China, por sua vez, figura entre os principais destinos, respondendo por uma fatia expressiva da receita do setor. A retomada das compras representa não apenas o restabelecimento de fluxos comerciais, mas também a reafirmação da credibilidade sanitária do país, reconhecida internacionalmente por seus altos padrões de rastreabilidade e inspeção.
Para o mercado interno, o retorno das exportações tende a equilibrar preços e impulsionar a produção, especialmente nos estados do Sul, onde se concentra a maior parte dos frigoríficos exportadores. A medida também traz reflexos positivos na geração de empregos e na estabilidade de pequenos e médios produtores integrados à cadeia avícola.
Especialistas avaliam que a retomada das importações pela China reflete a solidez da parceria estratégica entre os dois países, construída ao longo de décadas de cooperação comercial e tecnológica. Em um cenário global de crescente disputa por segurança alimentar, o Brasil reafirma sua posição como fornecedor confiável e sustentável de proteínas, enquanto Pequim reforça sua estratégia de diversificação de origens e garantia de abastecimento.
Com o fim do embargo, o setor avícola brasileiro projeta um novo ciclo de crescimento nas exportações, com expectativa de superar os volumes de 2023 e atingir novos recordes em 2025. A reaproximação com o mercado chinês simboliza mais do que um acordo comercial — é a confirmação de uma relação madura, baseada em confiança mútua, eficiência produtiva e compromisso com a segurança alimentar global.













