O governo da China manifestou oposição às sanções impostas pelos Estados Unidos a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), classificando a iniciativa como um ato unilateral que desrespeita a soberania do Brasil. A posição foi divulgada por meio de porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, em resposta ao anúncio feito por Washington.
Segundo Pequim, medidas desse tipo apenas ampliam tensões e representam uma forma de interferência em assuntos internos de outros países. A diplomacia chinesa reforçou que o Brasil é um parceiro estratégico e que sua estabilidade institucional deve ser respeitada pela comunidade internacional.
A crítica se soma a declarações anteriores da China contra o uso de sanções unilaterais, especialmente quando aplicadas por grandes potências sem respaldo de organismos multilaterais como a ONU. Para o governo chinês, tais práticas distorcem a ordem internacional e afetam negativamente a cooperação global.
Analistas avaliam que a posição de Pequim fortalece a aproximação sino-brasileira em um momento em que Brasília busca diversificar suas alianças internacionais. Além do peso econômico da parceria, a China procura se consolidar como defensora da autonomia de países emergentes frente a medidas coercitivas de Washington.
Ao se posicionar ao lado do Brasil nesse episódio, a China envia uma mensagem clara de solidariedade e, ao mesmo tempo, reforça seu discurso de apoio ao multilateralismo. Para especialistas, a reação evidencia como Pequim pretende ampliar sua influência no Sul Global, projetando-se como contraponto às pressões unilaterais norte-americanas.