A China convocou uma reunião do Conselho de Segurança da ONU com o objetivo de acusar formalmente o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de usar o comércio internacional como ferramenta de intimidação e de minar os esforços globais por paz e desenvolvimento. Conforme relatado pelo Uol, o encontro foi marcado para 23 de abril.
Embora, no geral, o Conselho de Segurança não trate de questões econômicas, Pequim alega que as tarifas impostas por Washington podem desestabilizar a economia mundial. A reunião, mesmo considerada informal e sem votação de resolução, foi aberta a todos os 193 países — não apenas aos 15 integrantes do Conselho —, em uma tentativa de evidenciar um consenso internacional contra as políticas comerciais de Trump.
“Todos os países, especialmente as nações em desenvolvimento, são vítimas do unilateralismo e das práticas de intimidação”, diz um documento circulado pela China. “Ao utilizar as tarifas como uma ferramenta de pressão extrema, os EUA violaram gravemente as regras do comércio internacional e provocaram choques e turbulências graves na economia mundial e no sistema de comércio multilateral, lançando uma sombra sobre os esforços globais para a paz e o desenvolvimento”.
A convocação ocorre no mesmo dia em que o governo norte-americano admite que algumas das tarifas contra a China chegam a 245%.