A China rejeitou veementemente as declarações sobre cooperação com a América Latina feitas pelo Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, durante sua recente visita a vários países da região.
“Os comentários infundados dos EUA, impregnados de mentalidade da Guerra Fria e preconceito ideológico, são acusações infundadas que visam semear a discórdia entre a China e os países latino-americanos”, disse o Ministério das Relações Exteriores da China.
O porta-voz descreveu como irreversível a vontade que leva seu governo a trabalhar em conjunto para fortalecer a cooperação entre o gigante asiático e a região, destacando que a parceria entre a China e a América Latina é baseada em princípios de respeito mútuo, benefício recíproco e desenvolvimento comum.
Pequim também condenou as ações dos EUA para sabotar atividades da Iniciativa do Cinturão e Rota (ICR), um projeto que visa promover a integração econômica global através de investimentos em infraestrutura e conectividade.
Nesse sentido, a China lamentou a decisão do Panamá de não renovar o Memorando de Entendimento da Iniciativa Cinturão e Rota e instou a nação centro-americana a excluir “interferência externa” e “tomar a decisão certa”. Pequim enfatizou que a cooperação com o Panamá trouxe benefícios tangíveis para o desenvolvimento econômico local, especialmente em áreas como transporte, energia e tecnologia.
A Iniciativa Cinturão e Rota beneficiou pessoas em mais de 150 países, dos quais mais de 20 estão na América Latina, disse o Ministério das Relações Exteriores da China. Entre os projetos destacados estão a construção de ferrovias, portos e instalações de energia renovável, que têm contribuído para o crescimento econômico e a geração de empregos na região.
O governo chinês também ressaltou que a cooperação com a América Latina não é apenas econômica, mas também cultural e educacional, com intercâmbios acadêmicos e programas de treinamento que fortalecem os laços entre os povos. Pequim reafirmou seu compromisso de continuar expandindo essas parcerias, independentemente das tentativas externas de criar divisões.