Nesta quarta-feira (7), o ministro das Relações Exteriores suíço, Ignazio Cassis, declarou esperar “ajuda” de Pequim nas negociações de paz na Ucrânia, depois que a Suíça concordou em sediar uma cúpula sobre o conflito no Leste Europeu.
“Estou interessado em obter ajuda da China porque a China tem excelentes relações com a Rússia”, disse Cassis a jornalistas sublinhando que uma solução para o conflito tinha de envolver a participação russa, segundo o The South China Morning Post.
A pedido do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, a não mais tão neutra Suíça concordou em sediar o evento. As datas e o local ainda não foram anunciados. A Ucrânia disse que convidou o presidente chinês, Xi Jinping, para as negociações.
O vice-presidente chinês, Han Zheng , reuniu-se na terça-feira com o conselheiro federal suíço e ministro das Relações Exteriores, Ignazio Cassis, em Pequim, pedindo relações bilaterais reforçadas.
Questionado hoje (7) se o convite foi aceito, Cassis disse que Pequim não ofereceu uma “resposta imediata“.
“É uma conferência de alto nível, por isso precisamos da participação de todos. Espero que a China, que é muito aberta, possa nos ajudar”, afirmou.
Após chegar a Pequim na terça-feira (6), Cassis manteve diálogos com o vice-presidente chinês Han Zheng, o qual disse que a China e a Suíça “deram um belo exemplo de cooperação amigável entre países de diferentes sistemas sociais e tamanhos diferentes em diferentes estágios de desenvolvimento”.
Na semana passada, Berna concordou em adotar a 12ª rodada de sanções implementadas pela União Europeia em dezembro, com medidas em vigor a partir de 1º de fevereiro, se afastando novamente do princípio de neutralidade, tal como fez com todas as rodadas anteriores desde o início da operação militar russa na Ucrânia.
