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quinta-feira - 21 novembro 2024 - 13:56

CEBRI reúne representantes de governos, empresários, academia e de think tanks, em Pequim, para agenda de desenvolvimento sustentável Brasil-China

Na tarde desta segunda-feira, 27 de março, cerca de 100 representantes de governos locais, think tanks e empresas do Brasil e da China se reuniram no Centro para China e Globalização (CCG), em Pequim, para participar do Diálogo China-Brasil sobre Desenvolvimento Sustentável, evento que teve por objetivo promover discussões sino-brasileiras sobre temas cruciais relacionados à sustentabilidade e mudanças climáticas. Organizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) e CCG em parceria com a Associação do Povo Chinês de Amizade com o Exterior (CPAFFC), o evento tratou de iniciativas e acordos possíveis entre os dois países para a transição para uma economia de baixo carbono.

Carlos Fávaro, Ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil

Henry Wang, Fundador e Presidente do CCG; Marcos Caramuru de Paiva, Membro do Comitê Executivo do CEBRI e ex-Embaixador do Brasil em Pequim; Shen Xin, Diretor Geral do CPAFFC, e Tatiana Rosito, Secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, fizeram a abertura. Carlos Fávaro, Ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, e Adriana Erthal Abdenur, Assessora Especial de Relações Internacionais da Presidência da República, estavam entre os palestrantes do evento. Jorge Viana, presidente da Apex Brasil, e Natália Dias, Diretora Superintendente de Mercado de Capitais, Captação e Relações com Investidores do BNDES, fizeram as considerações finais.

Jorge Viana, presidente da Apex Brasil

Segundo Larissa Wachholz, sócia da Vallya Participações e Senior Fellow do Núcleo Ásia do CEBRI, uma das organizadoras do evento, a parceria Brasil-China no desenvolvimento sustentável é fundamental para o país no processo de transição ecológica. “Ficou claro que os dois países têm instrumentos para isso, como as finanças verdes. Há uma preocupação cada vez maior do consumidor chinês, sobretudo dos mais jovens, com o meio ambiente e uma mudança de padrões de consumo, muitos jovens chineses são favoráveis ao imposto de carbono”, disse Larissa.

Larissa Wachholz, sócia da Vallya Participações e Senior Fellow do Núcleo Ásia do CEBRI

Wachholz acrescentou que há uma grande oportunidade para reindustrialização verde do Brasil por meio da atração de investimentos de empresas chinesas, principalmente as dedicadas à área de energia renováveis e minerais estratégicos para a produção de produtos manufaturados relacionados à transição para a economia de baixo carbono, como baterias para carros elétricos, por exemplo.

Marcos Caramuru de Paiva, Membro do Comitê Executivo do CEBRI e ex-Embaixador do Brasil em Pequim

Outra área de atenção dos chineses em relação ao Brasil é a agricultura, mais especificamente a agricultura de baixo carbono e o potencial de agregação de commodities agrícolas brasileiras por meio da produção com metodologias de menor emissão de gás de efeito estufa.

Adriana Erthal Abdenur, Assessora Especial de Relações Internacionais da Presidência da República

A Diretora-Presidente do CEBRI, Julia Dias Leite, destacou a importância de empresas, governos, thinks tanks e universidades atuarem em conjunto. “A ciência como premissa de trabalho e ação concreta foi algo bastante reforçado no evento. O tempo urge, a mudança do clima já atinge a atual geração e é preciso partir para a ação. A colaboração entre governos, empresas, think tanks e universidades é fundamental para darmos passos mais rápidos e o CEBRI proporcionou este espaço de debate para um diálogo mais amplo” ressaltou Dias Leite.

Alexandre D’Ambrosio, Vice-Presidente Executivo de Assuntos Corporativos e Externos da Vale foi convidado a falar sobre o tema “Experiências sobre mudanças climáticas e preservação ambiental” no evento. “Quando falamos sobre a jornada de todas as indústrias para a descarbonização, precisamos falar sobre a construção de parcerias. Só assim podemos construir o futuro que queremos. Nos últimos 50 anos, desenvolvemos laços profundos com nossos parceiros chineses, criando um senso de futuro compartilhado. Assim, estabelecemos uma série de parcerias para enfrentarmos juntos os desafios da transição energética e da descarbonização”, disse D’Ambrosio.

Alexandre D’Ambrosio, Vice-Presidente Executivo de Assuntos Corporativos e Externos da Vale

A Vale é membro do CEBRI e o Diretor Global Institucional e Governamental da Vale, Luiz Ricardo de Medeiros Santiago, é membro do Conselho Consultivo do CEBRI. A Vale mantém uma parceria de longa data com a entidade e também se une ao CEBRI, ao China-Brazil Business Council (CEBC) e ao Academic Center for Chinese Economic Practice and Thinking (ACCEPT) da Tsinghua University para organizar o China-Brazil Economic Development Diálogo Estratégico, conferência anual que teve início em 2019 e ocorre por quatro anos consecutivos, contribuindo para aprofundar o entendimento mútuo entre China e Brasil em termos de estratégias nacionais de desenvolvimento econômico e fortalecer a cooperação bilateral e multilateral.

Shen Xin, Diretor Geral do CPAFFC

Think tanks e universidades como China Agricultural University, China Ministry of Ecology & Environment’s Foreign Environmental Cooperation Office (FECO), Tsinghua University, Center for China and Globalization, COPPE/UFRJ – Tsinghua Center, IMAFLORA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e A Universidade de São Paulo (USP) e empresas como Suzano, JBS, National Tree Seed Group, Shanxi Changrong Agricultural Technology e Cargill também participaram do evento.

O evento também contou com patrocínio da Suzano, Sigma Lithium e JBS e apoio da BOCOM BBM, Cargill, SPIC Brasil e Syngenta.

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