O serviço de mototáxi oferecido pela 99, empresa brasileira subsidiária da gigante chinesa DiDi Chuxing, tornou-se tema de intenso debate em São Paulo. O embate entre a empresa e a Prefeitura de São Paulo ganhou repercussão, com manifestações, decisões judiciais e questionamentos sobre possíveis envolvimentos externos.
A Prefeitura de São Paulo buscou judicialmente suspender o serviço de mototáxi da 99, alegando questões de regulamentação e segurança. Entretanto, a Justiça negou o pedido, permitindo a continuidade do serviço na cidade. O episódio gerou protestos de mototaxistas, que defendem o aplicativo como uma alternativa de mobilidade e renda em meio às dificuldades econômicas.
A polêmica também trouxe à tona críticas ao prefeito Ricardo Nunes, que se mantém contrário à operação. Vereadores de diferentes espectros políticos têm manifestado apoio ao serviço, enquanto a 99 reafirma seu compromisso com a regulamentação e o diálogo com as autoridades competentes.
A 99 é uma empresa brasileira com gestão local, embora seja subsidiária da DiDi Chuxing. Sua operação é guiada por princípios de compliance e alinhada às regulamentações brasileiras. Segundo um representante da empresa, suas principais interações ocorrem com órgãos locais, como a Secretaria de Mobilidade e Transporte e a Secretaria de Finanças de São Paulo.
Impactos Econômicos Positivos
Em 2024, a 99 arrecadou mais de R$ 50 milhões em Imposto Sobre Serviços (ISS) para a cidade de São Paulo, demonstrando sua relevância econômica e contribuição fiscal para o município. Além disso, o serviço beneficia milhões de usuários, oferecendo mobilidade acessível e criando oportunidades de trabalho para milhares de motoristas e mototaxistas.
Diálogo com as Autoridades
A empresa reforça que mantém engajamento com secretarias municipais e estaduais, além de órgãos federais, como o Ministério do Trabalho. Esse diálogo tem como foco a melhoria contínua dos serviços e a busca por regulamentações que favoreçam tanto os usuários quanto os prestadores de serviço.
Apesar de ser uma subsidiária de uma empresa chinesa, a 99 opera de forma independente no Brasil. A gestão e as decisões estratégicas da empresa são feitas localmente, sem interferência do governo chinês ou do Consulado da China em São Paulo.
Enquanto o impasse entre a Prefeitura e a 99 segue em discussão, é inegável o impacto positivo da empresa na mobilidade urbana e na geração de renda. O caso evidencia a necessidade de regulamentações claras e alinhadas às demandas da população e dos serviços inovadores.
A 99 segue aberta ao diálogo com as autoridades para encontrar soluções que atendam aos interesses de todos os envolvidos, reafirmando seu compromisso com a cidade de São Paulo e com o desenvolvimento da mobilidade no Brasil.