Servidores da educação convocam marcha nacional contra medidas ultraliberais de Javier Milei

Manifestação na Praça de Maio foi convocada em decisão de Conselho Interuniversitário Nacional

(Foto: UBA)

Servidores da educação decidiram pela convocação de uma marcha nacional na Praça de Maio “em defesa do sistema universitário público argentino” para o dia 23 de abril, diante das medidas ultraliberais que estão sendo implementadas pelo governo de Javier Milei.

Reunidos na quarta-feira (10) em plenário na Universidade Nacional de San Martín (Unsam), as reitoras e reitores do Conselho Interuniversitário Nacional (CIN) apontam que a situação econômica e financeira do sistema universitário público “é grave e necessita de uma resposta urgente por parte dos poderes do Estado nacional”.

“O Governo nacional mostrou que não há disposição para resolver estes conflitos graves que colocam em risco a universidade pública, gratuita e de qualidade”, diz o comunicado do CIN. A situação salarial dos trabalhadores nas instituições universitárias é uma das principais preocupações do setor.

O Conselho Superior da UBA reuniu-se na quarta (10) e declarou por unanimidade a situação de emergência orçamentária da instituição, além de deliberar pela adesão à Marcha Nacional Universitária Federal que acontecerá no dia 23 de abril.

Repressão

A polícia argentina reprimiu violentamente na quarta (10) um ato de movimentos populares na capital, Buenos Aires, que reivindicava o fim do corte às cozinhas populares, chamados de comedores. Ao menos 12 pessoas foram detidas e várias, feridas.

Há inúmeros relatos de brutalidade policial contra manifestantes, que se concentravam em frente ao Ministério de Capital Humano. As forças policiais, tanto federais como da cidade de Buenos Aires, lançaram bombas de gás lacrimogênio e dispararam balas de borracha e canhões d’água contra os participantes do ato na Avenida 9 de Julio, região central de Buenos Aires.

Greve de transportes em Buenos Aires

Cerca de 140 linhas de transporte público na área metropolitana de Buenos Aires na Argentina estão paralisadas desde a 0h desta quinta-feira (11) em protesto contra a falta de pagamento do aumento salarial acordado com as empresas, que ameaçaram represálias para aqueles que aderirem à greve.

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