Nesta última segunda-feira (15), foi realizada a Conferência Anual da Associação Brasileira de Empresas Chinesas (ABEC). A instituição, que é composta por mais de 100 grandes empresas chinesas de com atuação reconhecida no Brasil, como o Banco da China (Brasil) S.A., State Grid, XCMG, COFCO, Haitong Brasil, se reuniu em São Paulo para avaliar as atividades do último período. Temas como a atuação das empresas no Brasil, economia, responsabilidade social e práticas de liderança ESG foram destaques apresentados pelas empresas-membro.
O evento foi aberto por Guo Yinghui, secretário-geral da ABEC e chefe do escritório representativo do Conselho Chicês para a Promoção do Comércio Internacional (CCPIT) do Brasil. Em sua saudação, Guo Yinghui saudou os mais de 150 participantes e comentou sobre a importância do ano de 2024 para as relações entre o Brasil e a China: “China e Brasil celebrarão o 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas, o G20 será realizado no Brasil, e a Associação Brasileira de Empresas Chinesas também comemorará o seu 10º aniversário.”
Zhang Guanghua, que preside a filial no Brasil do Banco da China, e também a ABEC, apresentou o balanço do último ano. Eleito pela segunda vez para o cargo em 2023, o presidente tem familiaridade com a conjuntura político-econômica do Brasil graças à sua estadia de longa data no Brasil.
Discursando sobre os próximos passos da CEBC, o presidente Zhang delineou as prioridades e planos para o ano de 2024. A associação pretende atuar junto às celebrações do 50º aniversário das relações diplomáticas entre China e Brasil, bem como das atividades do G20. O foco inclui a realização de eventos econômicos e comerciais, fortalecendo os laços com governos locais e organizações comerciais.
O presidente da CEBC também enfatizou o compromisso de aumentar a precisão e a especialização dos serviços oferecidos às empresas-membros, buscando uma comunicação mais eficaz através de plataformas online. Além disso, a associação reforçará suas próprias estruturas internas, visando uma expansão contínua do número de membros e maior presença em território nacional.
O Brasil possui uma balança comercial favorável com a China. De acordo com os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil, a balança comercial em 2023 foi de US$ 40,045 bilhões. As exportações brasileiras à China somaram US$ 87,696 bilhões (31% do total exportado pelo Brasil), contra US$ 47,651 bilhões de importações (21,72% do total).
Em 2022, foram iniciados 32 novos projetos no Brasil, o maior já registrado. Apesar disso, os investimentos diretos da China no Brasil registraram uma queda de 78%. Os setores que mais receberam investimentos na série histórica são: energia, tecnologia da informação, agricultura e veículos eletrificados.