O Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) do BRICS pretende começar a implementar pagamentos em moedas locais para investir no setor privado das economias dos membros da associação, segundo comunicado da presidente da instituição financeira, Dilma Rousseff. A informação foi divulgada pelo Brasil 247, parceiro da rede TV BRICS.
A diretora do NBD apontou três áreas principais de desempenho para o banco nos próximos anos: desenvolvimento sustentável e transferência de tecnologia. A segunda é a expansão do banco para o Sul Global. E, por fim, o banco buscará cada vez mais financiar o setor privado em moeda local, acrescentou.
“Nós temos um planejamento de 2022 a 2026, em que temos que ter 30% do nosso investimento para o setor privado e outros 30% em moedas locais” – Disse Dilma Rousseff.
Além disso, a chefe da entidade financeira enfatiza que o principal objetivo é desenvolver a infraestrutura em todas as áreas com um foco forte na sustentabilidade, especificamente no combate aos efeitos das mudanças climáticas.
“Investimos em energia renovável, eólica, solar, hidrelétricas, redes de transmissão […] investimos por exemplo numa coisa que eu acho muito importante: a questão do lixo”, adicionou.
Anteriormente, Rousseff afirmou que o NBD avalia a admissão dos novos países, confirmando o crescente interesse dos Estados em participar da instituição financeira. Ela também anunciou um relatório que pretende apresentar na cúpula do BRICS em Kazan, entre os dias 22 e 24 de outubro.
O Novo Banco de Desenvolvimento foi criado pelos países-membros do BRICS com base em um acordo intergovernamental assinado na VI Cúpula do BRICS no Brasil em 2014 para apoiar vários projetos nos Estados da associação e nos países em desenvolvimento.