PIB da China cresce 4,5% no 1º trimestre de 2023; desemprego fica em 5,5%

Após país asiático abandonar controles mais severos contra a covid-19, economia supera expectativas

A China informou nesta terça-feira (18) que o seu Produto Interno Bruto (PIB) subiu no primeiro trimestre de 2023 para 4,5% na comparação com igual período de 2022, e 2,2% na comparação com o 4° trimestre de 2022. A cifra supera as expectativas de crescimento, que indicavam algo em torno de 4%.

O resultado ocorre depois de o país abandonar uma política mais severa de controle da pandemia de covid-19 após protestos da população.

“Uma transição suave na prevenção e controle da covid-19 para a nova fase foi garantida em um tempo relativamente curto, a produção e a demanda registraram uma recuperação estável, o emprego e os preços foram mantidos geralmente estáveis, a renda dos residentes continuou aumentando, a expectativa do mercado melhorou significativamente e a economia nacional teve um bom começo”, afirmou o Departamento Nacional de Estatísticas da China, em nota.

Na indústria, o PIB cresceu 3% na comparação com igual período do ano passado e 0,3% na comparação com o último trimestre de 2022. O destaque do setor foi o aumento na produção de painéis solares (53,2%) e carros elétricos (22,5%).

No setor de serviços, o crescimento foi de 5,4% na comparação com o mesmo período de 2022.

Já o desemprego se manteve estável, em 5,5% para a população urbana, uma queda de 0,1% na comparação com o último trimestre de 2022. O desemprego para a população entre 16 e 24 anos ficou em 19,6%. A média de horas trabalhadas na semana para os empregados de empresas privadas foi de 48,7 horas.

“No primeiro trimestre, o índice de preços ao consumidor (IPC) aumentou 1,3% ano a ano. Agrupados por categorias de produtos, os preços de alimentos, tabaco e álcool subiram 2,9% a cada ano; vestuário até 0,7%; habitação caiu 0,2%; artigos e serviços de uso diário tiveram aumento de 1,2%”, afirma o Departamento Nacional de Estatísticas. “Em termos de preços de alimentos, tabaco e álcool, o preço das frutas frescas aumentou 11%, da carne de porco 8,5%, dos cereais 2,5% e das leguminosas frescas 2,9%.”