O presidente Lula (PT) pode deixar a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) nesta sexta-feira (13), segundo fontes médicas ouvidas pelo R7. O líder do Executivo está internado em um hospital particular de São Paulo desde a última terça-feira (10), após uma cirurgia de emergência para drenagem de um hematoma na cabeça, decorrente de uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada, ocorrida em 19 de outubro.
De acordo com o Metrópoles, a assessoria de imprensa do Hospital Sírio-Libanês informou que Lula acordou bem, já tomou café da manhã e está estável. “Está conversando, está bem”. Um novo boletim médico deve ser emitido no fim da manhã.
Até o momento, Lula passou por duas intervenções cirúrgicas: uma trepanação para drenagem do hematoma e uma embolização das artérias meníngeas para prevenir novos sangramentos. Além disso, os médicos realizaram a retirada do dreno inserido na primeira cirurgia. A previsão inicial é que ele receba alta hospitalar até a próxima terça-feira (17), caso sua recuperação continue evoluindo positivamente.
De acordo com o médico Roberto Kalil Filho, o presidente apresenta um quadro clínico estável e demonstra sinais de recuperação animadores. “Acho que segunda, terça. Um dia a mais ou um dia a menos vai depender da evolução, que está sendo muito boa. Obviamente, do Palácio, ele pode retomar a agenda de despacho. Não vemos problema algum. Então espera-se que na próxima semana o presidente esteja no Alvorada”, afirmou Kalil. O presidente, no entanto, já tem despachado da UTI.
A médica da Presidência da República, Ana Helena Germoglio, ressaltou que novos exames dependerão da evolução nos próximos dias. “Por enquanto, não estamos pensando muito nos exames e, sim, na alta”, destacou.
Entenda o quadro de saúde de Lula – O presidente, de 79 anos, começou a sentir dores de cabeça e indisposição na última segunda-feira (9), durante uma agenda oficial. Após ser atendido em um hospital privado de Brasília, foi transferido para São Paulo, onde passou por uma cirurgia de emergência. O primeiro boletim médico após a operação informou que o presidente estava “lúcido, orientado e conversando”.
A queda ocorrida no Palácio da Alvorada resultou em um ferimento na parte de trás da cabeça, que precisou de cinco pontos de sutura. O episódio levou ao cancelamento de compromissos internacionais. A equipe médica explicou que a hemorragia intracraniana diagnosticada no presidente aconteceu entre as membranas protetoras do cérebro, uma condição potencialmente grave.
Para tratar o hematoma e evitar novos episódios, os médicos optaram pela embolização da artéria meníngea média, um procedimento que bloqueia o fluxo sanguíneo de áreas propensas a sangramentos. Em seguida, o dreno inserido anteriormente foi removido. Os médicos enfatizam que as funções neurológicas do presidente estão preservadas e sua recuperação segue dentro do esperado, com monitoramento constante.