Para as autoridades iranianas, a ausência de informações e até mesmo a falta de debate internacional sobre guerra no Iêmen é um indicativo da falsa abordagem ocidental com relação aos direitos humanos.
O comunicado, segundo informações da agência IRNA, apela para o fato de que este é o sétimo ano da contra o Iêmen, liderada por uma coalizão da Arábia Saudita que inclui os EUA e os Emirados Árabes Unidos (EAU).
Referindo-se ao massacre de mais de 370.000 civis no Iêmen, direta ou indiretamente pela coalizão, o comunicado afirma que “o Iêmen se transformou em um laboratório para verificação das grandes reivindicações dos chamados defensores dos direitos humanos”.
“À luz da inação das organizações de direitos humanos, a Arábia Saudita mais uma vez cometeu violações generalizadas de direitos humanos e abusos de poder em seu próprio território”, acrescentou o comunicado.
O Ministério do Interior saudita disse no sábado (12) que o país executou 81 pessoas sob supostas acusações de cooperação com grupos terroristas.
O Irã refuta o “ato desumano” do regime saudita, chamando a atenção de todos os países e autoridades internacionais para essa execução em massa. A declaração também pede a todos os países membros do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas que investiguem as diferentes dimensões do crime.
Os Estados Unidos fornecem à coalizão combustível e treinamento militar, além de acesso privilegiado à indústria bélica norte-americana. No último dia 21, o vice-almirante americano Brad Cooper, da 5ª Frota dos EUA, anunciou que uma força-tarefa de drones será lançada para apoiar os aliados na região do Oriente Médio.
De acordo com o vice-almirante, além de apoiar os aliados, os drones vão patrulhar as principais áreas de produção e transporte de petróleo, incluindo o estreito de Ormuz, o canal de Suez e o estreito de Bab el-Mandeb, no Iêmen.
Brad Cooper afirmou à agência de notícias AP que o Irã é considerado pelos EUA “a principal ameaça regional” no Oriente Médio.
O Iêmen passa por um conflito armado entre as forças do governo e os rebeldes do movimento houthi desde 2011.
A partir de 2015, uma coalizão liderada pela Arábia Saudita passou a realizar operações militares contra os rebeldes iemenitas, que controlam a capital do Iêmen e extensas áreas ao norte e oeste do país.
A Organização das Nações Unidas (ONU) considera que o Iêmen vive a mais grave crise humanitária do planeta, com mais de 80% da população sob necessidade de proteção. Segundo publicou a organização, mais de 16 milhões de iemenitas passam fome.