Aconteceu na última semana a 10ª Cúpula da Juventude do BRICS, principal evento da agenda da juventude durante a presidência russa no BRICS, em 2024, que foi realizada na cidade de Ulyanovsk, entre 22 e 26 de julho.

Nilson Florentino Júnior, diretor da Secretaria Nacional de Juventude da Secretaria-Geral da Presidência (SNJ/SGPR), liderou a delegação brasileira no evento, que também contou com Bruna Brelaz (ex-presidente da UNE), pelo Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE); João Victor Motta, diretor de Juventude do Ministério do Trabalho e Emprego; o diplomata Francisco Santos, pelo Itamaraty; e mais dois representantes da sociedade civil.

Essa foi a primeira reunião presencial do Conselho de Juventude do BRICS, criado na 9ª reunião realizada em 2023 na África do Sul. Na sua composição estão a Secretaria Nacional de Juventude e o Conselho Nacional de Juventude. Ao todo, mais de 200 jovens e 20 especialistas dos países-membros discutiram em cinco áreas diferentes. Os temas da Cúpula incluíram educação; ciência; treinamento; tecnologia e inovação; saúde e esporte; empreendedorismo juvenil; serviço comunitário juvenil e voluntariado.

Cada país foi responsável por apresentar um eixo temático, sendo:
. Educação, Ciência e Formação (Rússia)
. Empreendedorismo Jovem (India)
. Ciência, Tecnologia e Inovação (China)
. Trabalho Social e Voluntariado (África do Sul)
. Saúde e Esportes (Brasil)

Em painéis temáticos, cada país apresentou as políticas públicas desenvolvidas, além da discussão dos grupos de trabalho, para contribuir nas proposições levadas à reunião de ministros.

Pelo Brasil, foi apresentado o eixo ‘Saúde e Esportes”, destacando o conjunto de programas e políticas implementadas no país. “Foi apresentado sobre o Programa Segundo Tempo, sobre o Programa Esporte e Lazer na Cidade, e também sobre o Bolsa Atleta, inclusive enfatizando a questão de que pelo menos 80% dos jogadores que estão indo pelo Brasil para as Olimpíadas são beneficiados por essa bolsa que acaba sendo um investimento direto nos nossos atletas”, explicou Nilson Florentino.

A presidente do CONJUVE, Bruna Brelaz, complementa “ Este encontro não apenas fomenta o diálogo e a troca de experiências, mas também fortalece nosso compromisso com um futuro mais inclusivo e sustentável. É fundamental que aproveitemos este momento para construir pontes, promover a inovação e garantir que as vozes jovens sejam ouvidas nas decisões que moldaram o presente e futuro da nossa geração.”.

O que é o BRICS

Representando mais de 42% da população mundial, 30% do território do planeta, 23% do PIB global e 18% do comércio internacional, o BRICS é uma parceria entre cinco das maiores economias emergentes do mundo, cujas iniciais formam a sigla, são eles: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Essa cooperação se dá em torno dos pilares de cooperação em política e segurança; cooperação financeira e econômica; e cooperação cultural e pessoal. Anualmente, os membros realizam cerca de 150 reuniões acerca desses temas.

“Um diferencial também dessa reunião de cúpula é que houve a participação dos novos membros do BRICS, que são Egito, Irã, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes. Foram os países que adentraram agora e todos se mostraram muito animados com a presidência do BRICS a partir do governo brasileiro. E todo mundo muito ansioso querendo cooperar e contribuir na organização dessa cúpula que vai acontecer no próximo ano no nosso país”, destacou Nilson Florentino.

O representante da sociedade civil, Luan Scliar, que é secretário-executivo do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Integração Cultural do BRICS+ (IBRICS+), destaca que houve muita sinergia entre as delegações, com propostas semelhantes aparecendo em diferentes espaços. A declaração final mostrou disposição e maturidade das juventudes do Sul Global para discutir temas urgentes e de interesse comum, com destaque especial para a delegação brasileira, que conseguiu mediar questões sensíveis, em meio a um ambiente cultural diverso, sem perder a brasilidade.”, declarou Scliar.

BRICS no Brasil

A presidência do BRICS é rotativa, e em 2025 estará com o Brasil, tendo suas agendas em solo brasileiro. Por isso, o diretor de Políticas Públicas Transversais de Juventude da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), fez questão de destacar a expectativa dos demais membros com a presidência brasileira do BRICS.

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