A interrupção global da Microsoft levantou o alarme de que a China tem que controlar sozinha a segurança de seu computador e sistema de rede e que o país exige software antivírus doméstico para seus próprios sistemas de computador, disse Zhou Hongyi, fundador e presidente da 360 Security Technology após o relato de que a maior falha de TI do mundo afetou usuários do Windows em todo o mundo.
Aproximadamente 8,5 milhões de dispositivos Windows em todo o mundo sofreram uma interrupção da “tela azul da morte” na sexta-feira (19), afetando companhias aéreas, ferrovias, bancos, empresas, emissoras de TV, supermercados e muitas outras empresas em vários setores em todo o mundo.
A “tela azul da morte” da Microsoft tem sido usada há décadas, desde 1993, para informar aos usuários do Windows que os sistemas operacionais de seus computadores estão inativos.
A interrupção mundial de sexta-feira foi causada por um fiasco de atualização da empresa de segurança cibernética CrowdStrike, que fornece software antivírus à Microsoft para seus dispositivos Windows.
Apesar da tela azul ter influenciado milhões de pessoas em todo o mundo na sexta-feira, impedindo voos, tirando do ar emissoras e desconectando algumas linhas telefônicas de emergência, a exposição das empresas da China continental foi mínima e a maioria das indústrias permaneceu intacta.
Zhou divulgou um vídeo no sábado (20), explicando que a razão pela qual os usuários do Windows na parte continental da China não foram afetados é que aproximadamente 90% dos usuários do Windows na parte continental usam o software antivírus desenvolvido pela empresa nacional de segurança cibernética 360 Security Technology.
Zhou pensa que a interrupção mundial da Microsoft levantou o alarme de que a China tem de controlar sozinha a segurança do seu computador e sistema de rede e que o país necessita de software antivírus doméstico para os seus próprios sistemas informáticos.
“Esta é a única maneira de garantir que um pequeno bug, uma pequena atualização ou um pequeno ataque não cause uma interrupção em toda a sociedade, cidade ou país na era da digitalização e da inteligência”, observou Zhou.
De acordo com a empresa global de análise de aviação Cirium, dos mais de 110 mil voos comerciais programados na sexta-feira, 5 mil foram cancelados globalmente e mais são esperados a partir de sábado, informou a Reuters.
O colapso global da Microsoft também afetou o aeroporto de Hong Kong na sexta-feira, forçando os passageiros a fazer longas filas e algumas companhias aéreas a mudarem para o check-in manual para continuarem a servir os passageiros, embora as operações de voo não tenham sido afetadas.
Como os serviços de computação em nuvem da CrowdStrike não foram vendidos na parte continental da China, as operações de voo nos aeroportos da parte continental da China não foram afetadas, de acordo com yicai.com.
Cadeias hoteleiras nacionais, como Home Inn e H World International, não foram afetadas pelo incidente e apenas algumas cadeias hoteleiras internacionais no continente foram afetadas, informou o yicai.com.
