Nesta terça-feira, 26, o secretário-geral da ONU, António Guterres, se encontrou com o líder russo, Vladimir Putin, em Moscou. Durante a reunião, Putin disse ao chefe das Nações Unidas que a Rússia, como um dos países fundadores da ONU, sempre apoiou a organização.
“A Rússia, como um dos países fundadores das Nações Unidas e membro permanente do Conselho de Segurança, sempre apoiou essa organização universal. E acreditamos que ela não é apenas universal, mas única em seu tipo”, disse Putin.
O líder acrescentou que “não existe outra organização desse tipo na comunidade internacional”.
Ao mesmo tempo, o mandatário declarou a Guterres que sabe de sua preocupação com a operação militar especial russa na Ucrânia, mas que todo o problema com Kiev surgiu após o golpe de 2014 no país, e que Moscou teve o direito de começar a operação em solo ucraniano para ajudar as repúblicas em Donbass.
O presidente também reiterou que a entrada da Rússia em Donbass foi “uma medida forçada para interromper o sofrimento de habitantes de alguns territórios”, mas que “infelizmente nossos colegas do Ocidente preferiram não notar tudo isso”, enfatizou.
Putin também afimou a Guterres que a luta em Mariupol acabou e contou ao secretário-geral que ele foi “enganado” sobre a inatividade dos corredores humanitários em Mariupol, uma vez que eles estão funcionando.
Sobre Bucha, o chefe do Estado russo disse que Moscou sabia “quem e o que estava fazendo em Bucha”.
Do lado da ONU, o secretário-geral disse que a organização “entende o quão difícil é a situação em Mariupol […] estamos dispostos a mobilizar plenamente os recursos logísticos, recursos humanos, junto à Cruz Vermelha”.
Guterres também expressou sua preocupação com os incidentes na Transnístria, assim como com qualquer declaração que possa escalar a situação.
A autoridade disse a Putin que violar a integridade de um Estado soberano vai contra os princípios da ONU, mas que a organização está disposta a fazer qualquer esforço para resolver a situação.
O chefe da ONU defendeu ainda a criação de condições que permitam um cessar-fogo, além de um diálogo eficaz para acabar com o conflito armado de forma pacífica.