Efeito Lula: garimpo na Terra Yanomami cai 75% em um ano

Militares em operação em Roraima Créditos: Gov.br

O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão vinculado ao Ministério da Defesa, revelou que alertas de garimpo caíram de 219,67 hectares para 53,67 entre janeiro e junho de 2023 e 2024, na Terra Indígena Yanomami, em Paris.

Isso representa uma redução de 75% em atividades de garimpo ilegal na região. Em 2022, os alertas de garimpo foram ainda mais altos, chegando a 814,81 hectares.

Em quatro meses, a força-tarefa destruiu 35 embarcações, 16 aeronaves e 172 acampamentos. Foram também inutilizados 477 motores e apreendidos 71 mil litros de combustível e 40 armas.

A operação Catrimani II envolveu 400 militares e usou meios aéreos, fluviais e terrestres. Na última ação (20/07), foram destruídos dois acampamentos e apreendidos 1.200 kg de cassiterita. Também foram destruídos 10 motores, 1 esteira, 1 motosserra, 3 geradores e 3 motobombas. O prejuízo ao crime já soma R$ 110 milhões, segundo a Casa do Governo.

Na primeira reunião ministerial de 2024, em janeiro, Lula cobrou duramente os ministros de seu governo para resolver a questão da Terra Indígena Yanomami.

“Essa reunião aqui é para definir, de uma vez por todas, o que o nosso governo vai fazer para evitar que os indígenas brasileiros continuem sendo vítimas de massacres, do vandalismo, da garimpagem e das pessoas que querem invadir as áreas que estão preservadas e que têm dono e não podem ser utilizadas”, disse o presidente na ocasião.

“Vamos tratar a questão indígena e a questão dos Yanomami como uma questão de Estado, ou seja, nós vamos ter que fazer um esforço ainda maior, utilizar todo o poder que a máquina pública pode ter, porque não é possível que a gente possa perder uma guerra para garimpo ilegal, para madeireiro ilegal, para pessoas que estão fazendo coisas contra o que a lei determina”, completou.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui