O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, encerrou no sábado sua visita de Estado de quatro dias à China, durante a qual os líderes dos dois países alcançaram mais entendimentos comuns e traçaram um futuro mais brilhante para os laços bilaterais.
Compartilhando amplos interesses comuns, a China e o Brasil sempre defenderam o princípio de respeito mútuo, igualdade e benefício mútuo nos intercâmbios bilaterais.
Os dois lados apoiam a escolha um do outro de caminhos de desenvolvimento adaptados às suas próprias realidades nacionais e respeitam os interesses centrais de cada um. Em 1993, o Brasil tornou-se o primeiro país em desenvolvimento a estabelecer uma parceria estratégica com a China e, em 2012, essa parceria foi elevada para uma parceria estratégica abrangente.
Resultados frutíferos foram produzidos após anos de cooperação entre os dois países em vários campos.
A China tem sido o maior parceiro comercial do Brasil por 14 anos consecutivos e, como o principal país receptor do investimento chinês na América Latina, o Brasil é o primeiro país latino-americano a atingir um volume comercial de mais de US$ 100 bilhões com o país asiático. Em 2022, o comércio bidirecional ficou em US$ 171,35 bilhões, segundo dados da Administração Geral das Alfândegas da China.
Em entrevista por escrito à Xinhua pouco antes de sua partida para a visita à China, Lula disse que “o valor das nossas exportações para a China é maior do que a soma das nossas exportações para os Estados Unidos e para a União Europeia. A China é um grande motor do agronegócio brasileiro”.
Espera-se que a cooperação bilateral se expanda e se aprofunde após a visita. Os dois presidentes testemunharam as assinaturas de vários documentos de cooperação bilateral sobre comércio e investimento, economia digital, inovação científica e tecnológica, informação e comunicações, redução da pobreza, quarentena, exploração espacial, entre outros.
Diante de mudanças globais de magnitude não vistas em um século, a China e o Brasil vêm mantendo uma estreita comunicação e coordenação nos assuntos internacionais.
Tanto como países em desenvolvimento com grande influência internacional quanto como importantes mercados emergentes, a China e o Brasil coordenam e cooperam dentro de estruturas multilaterais como as Nações Unidas, a Organização Mundial do Comércio, o BRICS, o Grupo dos 20 e assim por diante, trabalhando juntos para salvaguardar os interesses dos países em desenvolvimento e orientando a ordem internacional em direção a uma maior justiça e equidade.
De 2006 a 2022, a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação realizou seis reuniões, alavancando continuamente bons resultados na cooperação prática bilateral. Durante a visita, as duas partes decidiram criar uma subcomissão sobre o meio ambiente e alterações climáticas no âmbito da comissão.
Os florescentes intercâmbios culturais e interpessoais através dos oceanos contribuem para o avanço das relações bilaterais.
Os intercâmbios entre a China e o Brasil têm sido cada vez mais ativos em vários campos, incluindo alívio e redução da pobreza, proteção ambiental, serviço médico e saúde, e cultura e educação.
Em meio à pandemia de COVID-19, os governos dos dois países nos níveis central e local e as instituições médicas testemunharam uma estreita cooperação no compartilhamento de experiências de prevenção epidêmica, pesquisa e desenvolvimento de vacinas e suprimentos médicos, protegendo conjuntamente as vidas e a saúde de seus povos.
Em resposta ao interesse dos brasileiros pela língua e cultura chinesas, a China estabeleceu 14 Institutos Confúcio no Brasil, o maior número entre os países da América Latina. O Brasil também valoriza e respeita o povo chinês e sua cultura, onde um festival nacional foi estabelecido para celebrar, anualmente, em agosto, a chegada de imigrantes chineses ao Brasil. A cidade do Recife, no nordeste do Brasil, estabeleceu o Ano Novo Chinês como feriado oficial na cidade em 2022.
As relações China-Brasil têm grandes perspectivas, desempenhando um papel importante no mundo turbulento de hoje. Acredita-se que os laços bilaterais atingirão um nível mais alto com base na visita de Lula à China, o que trará maiores benefícios aos povos dos dois países e promoverá a paz, a estabilidade e a prosperidade compartilhada no mundo.