A cidade de Putian, no sul da China, ordenou testes de Covid-19 em 3,2 milhões de pessoas e fechou escolas nesta terça-feira (14) para tentar conter um novo foco de casos que pode infectar as crianças, que ainda não estão vacinadas.
Todos os habitantes da cidade, que fica na província costeira de Fujian, serão testados após a confirmação de mais de 100 casos da variante delta que parecem estar vinculados a uma pessoa que retornou de Singapura (veja mais abaixo).
Na Austrália, autoridades prorrogaram até meados de outubro o confinamento na capital Canberra em meio a um surto e uma campanha de vacinação ainda muito lenta.
Quase 400 mil habitantes estão obrigados a permanecer em casa desde 12 de agosto na capital australiana, quando foi confirmado um caso de Covid-19 na cidade. Atualmente são mais de 250 casos ativos.
Controle da pandemia
Após conseguirem controlar a primeira onda da pandemia, China e Austrália passaram a registrar vários focos da variante delta recentemente — e o surto atual em Fujian é o maior do gigante asiático em várias semanas.
Seu filho de 12 anos e um colega de turma foram os primeiros infectados após a volta das aulas. O vírus se espalhou e já infectou ao menos 36 crianças, incluindo oito da pré-escola, segundo as autoridades locais.
Os dois países têm adotado uma estratégia de tolerância zero contra a Covid-19, com severos lockdowns e testagem em massa quando um caso é detectado.
Vacinação contra Covid
País mais populoso do mundo, com 1,4 bilhão de habitantes, a China já aplicou mais de 2 bilhões de doses de suas vacinas contra a Covid-19 e tem 67% da população completamente imunizada.
Mas a maioria das crianças ainda não está vacinada, e as autoridades de Fujian temem a propagação do coronavírus entre os menores de idade, por isso as aulas presenciais foram suspensas em Putian.
Na Austrália, que tem 25 milhões de habitantes, 54% da população recebeu ao menos uma dose até o momento e menos de 34% da população está totalmente imunizada — patamar semelhante ao do Brasil.