China anuncia que seus bombardeiros vão realizar patrulhas regulares em torno de Taiwan

Bombardeiros estratégicos do Exército de Libertação Popular (ELP) da China vão realizar missões regulares de patrulhamento ao redor de Taiwan, disse o porta-voz da Força Aérea chinesa.

O porta-voz da Força Aérea chinesa, Shen Jinke, lembrou que os bombardeiros estratégicos do ELP realizaram inúmeras operações perto de Taiwan nos últimos anos.

“Bombardeiros H-6K, juntamente com caças, aeronaves de reconhecimento, de detecção remota por radar e aviões reabastecedores, continuarão realizando essas operações”, disse Shen Jinke ao South China Morning Post. O porta-voz fez a declaração no último domingo, 28 de agosto, em uma coletiva de imprensa realizada no salão de aviação na cidade de Changchun, nordeste da China.

Por sua vez, o Ministério da Defesa de Taiwan revelou que as Forças Armadas de Taiwan registraram a aproximação de 37 aviões e oito navios do Exército chinês à ilha.

“A partir das 17h00 [horário local] de 29 de agosto, as Forças Armadas de Taiwan registraram as atividades de 37 aeronaves e oito navios do Exército de Libertação Popular da China no espaço marítimo e aéreo perto de Taiwan”, segundo o relatório.

Nota-se que 12 aeronaves cruzaram a chamada “linha mediana” do estreito de Taiwan, incluindo oito caças Su-30, dois J-11 e dois J-16.

De acordo com a entidade militar, Taiwan enviou uma patrulha aérea para monitorar a situação, emitiu alertas de rádio e também implantou sistemas de mísseis antiaéreos.

No domingo, foi relatado que dois navios da Marinha dos EUA passaram pelo estreito de Taiwan, tendo o Exército de Libertação Popular chinês sido colocado em alerta para impedir qualquer possível provocação durante a passagem dos dois cruzadores. É o primeiro episódio militar desde o aumento da tensão entre Washington e Pequim após a visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, à ilha.

A China, que considera Taiwan uma de suas províncias, condenou a visita, interpretando-a como apoio ao separatismo taiwanês, e organizou exercícios militares de grande escala.

Na última quinta-feira (25), uma delegação dos EUA liderada pela senadora Marsha Blackburn chegou a Taipé, vendo sua visita como uma mensagem à China.

Esta é a nona delegação dos EUA a viajar para a ilha este ano e a quarta no mês passado.

As ligações entre Pequim e Taipé foram cortadas em 1949, depois que as forças do partido nacionalista Kuomintang, liderados por Chiang Kai-shek, sofreram uma derrota na guerra civil contra o Partido Comunista da China e se mudaram para Taiwan.

As relações entre Taiwan e a China continental foram restabelecidas apenas em nível comercial e informal no final da década de 1980.

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