A Casa Civil da Presidência da República afirmou nesta segunda-feira (6) que a entrada no Brasil dos jogadores argentinos que atuam no Reino Unido foi irregular. Segundo nota divulgada pela pasta, não houve qualquer solicitação de excepcionalidade anterior ao voo dos atletas, o que impossibilitou qualquer tipo de atuação do ministério.
A partida entre Brasil e Argentina neste domingo (5), em São Paulo, foi interrompida por agentes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) porque os atletas Emiliano Martinez, Emiliano Buendía, Giovani Lo Celso e Cristian Romero passaram pelo Reino Unido, entraram no Brasil e não cumpriram a quarentena obrigatória de 14 dias.
“Após a entrada irregular dos jogadores argentinos no Brasil, coube à Anvisa cumprir a norma estabelecida na Portaria 655, decisão que foi chancelada pelo Ministério da Saúde, que notificou a Conmebol sobre a impossibilidade de atuação dos jogadores na partida”, informou a Casa Civil. O texto diz também que não compete ao ministério autorizar a entrada em campo de jogadores que já estejam no país e que não tenham cumprido as regras sanitárias brasileiras.
A nota explica que é da competência institucional da pasta a coordenação da análise de pedidos de entrada excepcional no país de pessoas vindas do Reino Unido sem a devida quarentena prevista em portaria. O procedimento é feito junto à Anvisa e ao Ministério da Saúde.
A Casa Civil dá como exemplo a autorização excepcional de entrada no país concedida em maio e junho deste ano a jogadores brasileiros vindos do futebol inglês, na preparação para as eliminatórias da Copa do Mundo.
“Neste caso, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) enviou pedido de excepcionalidade antes da entrada dos jogadores no país e se comprometeu a isolá-los na concentração da seleção, a reportar qualquer sintoma de covid19 e a enviar todas as informações dos jogadores para controle do Ministério da Saúde”, explicou o texto.